terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A FRAUDE – PARTE II

Para o senso comum, um escritor é alguém cujo nome, estatuto ou posição lhe garanta uma credibilidade acrescida perante os outros. Em matéria de opinião, por exemplo, um escritor é um homem culto que deve ser escutado com mais atenção porque, tenha razão ou não, consoante a dose ou a overdose de ficção da sua escrita, ou o relato da realidade, o que é sempre suposto é que seja mais isento, livre, independente. Mais ponderado, por isso, e mais credível do que o comum das pessoas. Afinal de contas, trata-se de um mestre das letras e da palavra. Acima de tudo, é suposto ser um formador de opiniões, de consciências, do carácter, de personalidades, de almas. Um escritor é suposto ser um “deus da palavra” e, como tal, suposto era ser levado mais a sério na sua credibilidade, seriedade e isenção, quando debita a sua intervenção, concorde-se ou desconcorde-se da sua escrita. Em suma, suposto é ser ontologicamente uma seriedade, uma credibilidade e uma isenção intelectualmente imaculadas.

E certamente que foi por isso que A BOLA lhe deu e dá semanalmente espaço.

Sousa Tavares confessa-se não independente mas jura que “nunca deixaria de ser isento”. Diz ele, categórico, que há uma diferença entre ser independente e ser isento. E uma diferença “essencial”!

Sinceramente, não percebemos essa diferença, talvez por nem sermos senadores, e muito menos escritores. Pelo nosso pobre saber, julgamos que ser independente é ser livre e que ser isento também é ser livre e … independente, talvez porque pensemos que não pode ser isento aquele que não é ou pode ser independente. Aliás, também já ouvimos dizer, por exemplo, aos versados nas coisas do Direito e da Justiça, que uma das condições absolutamente essenciais para se ser isento na missão de julgar é ser-se independente.

Sousa Tavares é tão isento que dá logo exemplos. Só consegue ver que o seu FCP foi prejudicado contra a Amadora em dois penalties que ninguém conseguiu descortinar. Quanto aos dois penalties a favor do Marítimo, não abre a boca. Assim procede igualmente quanto ao golo legalíssimo que o árbitro anulou ao Leixões e ao penaltie com que o mesmo árbitro presenteou o seu clube nesse jogo. Isto é, neste campeonato, (e nos outros sempre a mesma coisa, desde que os Pintos implantaram o seu império), o seu clube ainda não foi minimamente prejudicado, ainda não perdeu um pontinho que fosse por culpa dos árbitros, tendo vários deles feito tudo, e à descarada, para o ajudar. Falamos, por exemplo, das cacetadas, cotoveladas e cabeçadas dadas pelo Bruno Alves e pela patada, à má-fé, pela calada, dada pelo cebola em Nuno Gomes, tudo bem branqueado pelos árbitros.

Sílvio Cervan não fala de fraude apenas devido à vergonhosa e tendenciosa arbitragem de Pedro Henriques. Fala de tudo o que vem sendo orquestrado para prejudicar, como sempre, o Benfica. E desde a primeira jornada, contra o Rio Ave, um penaltie sobre Aimar que a crítica assinalou, menos a controlada por quem todos sabem e é muita. Dois pontinhos à vida. No jogo contra o Leixões, anulou-se ao Benfica um golo limpinho que fazia o 2-0 pertinho do fim e ninguém, nem a crítica, soube porquê, só o árbitro e esse sabia-o bem. Mais dois pontinhos sacados. No jogo contra o Setúbal, o árbitro vê a cacetada, manda seguir a jogada mas, como dá golo do Benfica 3-1, arrepende-se e anula tudo, volta atrás e nem o amarelo, que equivaleria a expulsão, deu ao jogador do Setúbal. No fim, mais dois pontos debitados à má-fé. Finalmente, a vergonhosa actuação de Pedro Henriques que só Sousa Tavares branqueia, pois aqui nem o chamado “tribunal do jogo”, do seu consócio Oliveira, teve quaisquer dúvidas e, coisa muito rara, até primou pela unanimidade.

Feitas as contas, o Benfica foi seriamente prejudicado em oito pontos que lhe dariam uma confortável liderança. E Senhor Escritor isento nestas coisas dos futebóis, por mais que tente e apesar do seu estatuto, ninguém acredita em coincidências de coincidências. As coincidências são um acaso, não se andam por aí a repetir a cada esquina. Como pode ver, se quiser, o Benfica pode estar na liderança e o campeonato ser uma fraude. E até pode ganhá-lo e continuar a ser uma fraude, no sentido dito por Sílvio Cervan. É uma fraude porque não reflecte tudo o que nele se passa de verdadeiro. Já há muito que o povo sabe – e por isso vai deixando cada vez mais os estádios às moscas – que há muitos resultados de encomenda. E a sabedoria popular não tem o mínimo estatuto na sua enciclopédia? Dai que concorde consigo quando diz que a maior fraude a que assistiu nas últimas décadas, e no que concerne a arbitragens, foi a que se passou no último campeonato ganho pelo Benfica. De facto, os árbitros tudo fizeram para que o Benfica não ganhasse esse campeonato. E o expoente máximo dessa fraude passou-se precisamente no Estádio da Luz em que um árbitro roubou um golo ao Benfica, quando a bola entrou mais de um metro dentro da baliza do seu clube, que assim pode ganhar o jogo, altamente beneficiado até por lhe terem perdoado um penaltie e uma consequente expulsão. Lembra-se, Senhor Sousa Tavares? Claro que se lembra, se não se lembrasse, não vinha agora falar em fraude!

Justificar-se o injustificável com o “tivesse o Benfica feito o jogo que se justificava…” é mais uma fuga à realidade e à isenção. Sabe de certeza Sousa Tavares que os jogos agora ganham-se por pequenos pormenores e as exibições estão em segundo plano. Pergunte ao special one.

Deve saber que o seu clube, na época passada, fartou-se de ganhar jogos por 1-0. Pense agora no que lhe aconteceria, se os árbitros tivessem anulado esse golito da vitória, de resto, como, também na época passada, fizeram, por exemplo (seguimos a sua saga dos exemplos), ao Benfica no Benfica-Leixões que depois ficou 0-0. Pense bem como seria a classificação. E já não se fala no conforto moral e suas consequências benéficas que um confortável avanço classificativo provoca. E tem sido assim durante quase três décadas. Os árbitros erram sempre a beneficiar um clube, o seu, quer nos jogos directos, quer nos indirectos, prejudicando os adversários que lhe fazem frente.

Sousa Tavares devia bem saber que a fraude das últimas décadas tem palavras como “fruta”, “manda quem pode e obedece quem deve”, e recepções a árbitros nas vésperas dos jogos, com uns presentinhos de permeio. Isto, para não falar de viagens ao Brasil que por engano, vão parar a certas contabilidades. E não tem só palavras, também já tem rostos. Na justiça desportiva, embora muito a medo, já há clubes e personalidades condenadas que toda a gente sabe quem são. Uns por corrupção, outros por tentativa de corrupção. Personagens e clubes que nunca desmentiram a conversa que foram tendo e que só estão fulos porque ouviram ser serem convidados.

Finalmente, Senhor Sousa Tavares, se quer um belo exemplo de isenção de um independente (confessou várias vezes não ser, nem do FCP, nem do Boavista), atente na personagem do ex-presidente do Conselho de Justiça e naquilo que ele pretendia.

E já agora, para terminar, não é o Benfica que tem medo do FCP. Bem pelo contrário, é o FCP que sempre teve, tem e há-de ter medo do Benfica.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O regional e as “cataratas” de Miguel

Regional é Da Costa e Da Costa é regional!... Só ele lhe basta, tudo o resto é bosta e disso há lá à farta … e não lhe fica mal! Logo, Miguel sofre d’orfandade clubética, que é maléfica logo na sua idade em que tem de escrevinhar, nem que seja de chofre. Ele falamento tem sempre de botar! É o seu fado! Ou com lamento, ou mal humorado! Miguel, ferrenho adepto do regional, volta sempre ao seu chalrar habitual e com ar circunspecto para não variar! Desta vez, com seu motete sobre o que também é arbitrar, pensando dar brilharete! Mas é só uma satireta, qual burleta desnort(e)ada como sempre e desavergonhada porque mente à descarada.

E que lh’ havia de lembrar? De peito aberto, deu-lhe para guerrear, no mundo do seu arbitrar, julgando grande feito! Uma charlatanice com ar de esperto. Desta maneira, e apesar da sua altivez de chochice, sem uma choradeira mas sempre bufando uma chocarrice e um desconcerto profundo! E a sua nortada sai tresloucada mais uma vez!
Assim, diz ele na sua aldrabice qu’ até no amadorense seu regional teve de arrotar erro do arbitrador, que seu senhor Da Costa até parece que já não gosta de abocanhar. E a final de sua peroração deita mais lamúria, tal a penúria da sua afeição clubense. Miguel obedece, é um perorador. Obsequioso, por devoção ou propensão, tem de pechinchar lamurioso mais uma salvatérica indulgência na sua pindérica nortada. Pode haver porretada do caceteiro, sempre branqueada, qu’ há que temer, qu’ele é bem lampeiro na joelhada e na cotovelada. E Miguel, brejeirório, disso nunca diz nada! Finório!!!... Os Andrades sovinados, co’ apitador sempr’ ajudar?!!! E os adversários c’ as maldades com que são costumemente presenteados?!!! E os penaltis com qu’ arbitradeira mente?!!! E os golos limpinhos a eles anulados?!!!
Não somos anjinhos nem tolos, os serviçinhos não são grátis. Está escrito, há a “fruta” de uma rameira! Que o diga o leixonense, serviçal atrevido qu' esquece o dito e comete a asneira de marcar mais q’um golito. Isso está mal e há portuense que ensandece lá p’ro regional. Mais olhos que barrigueira?!!! P’ra abrolhos chama-se o cebola que, se é desatino na bola, é tino na tola, não tolhido p’lo adepto ensandecido que queria mais truta! Aprendeu na escola anteira e não esqueceu!

Mangalhão, é cá um fadista! Sabichão, é um artista! Zarolhão, olvida à descarada olegários, batistas, majores e antigos calheiros. Uma maralhada d’ uns senhores, bons “artistas” e “vigários” sabidos, que comem da “fruta” do senhor dos apitos e são porreiros ou levam “fruta” de rachar e, se calhar, até vão à vida de sopetão. Que é de gritos, se p’ra Águia marcarem penaltis horrendos e não anularem golos imaculados. Não são parolos, conhecem a lábia. São astutos encomendados pelos corruptos condenados mas não defuntos. A puta não é grátis, não! No reino do “regional”, há capangas do rasganço e do arrianço de costados, “pauliteiros” alvinhos, cotoveleiros que dão jeito, parte queixadas a preceito, de marca registada e sempre branqueada, que dão uns “mimos”! E não ao de leve! Se a coisa desanda, há a alcateia que não esquece e qu’ arreia a loisa. Não é um pagode, “obedece quem deve, manda quem pode”…

Grande brejeirete, diz cada sovinada! Não é que também lhe deu a somitiquice e escreveu qu’a Águia vai à Champiões por causa dos pontecos qu’ a lagartada vai acumulando?! Que brejeirice! Coitadecos, logo a esverdeada sem vintém, que lá vai andando bem acostumada à última parada?!!! E nem os tarecos do senhor dos apitos lhe dão empurrões! Estuporete! Isto é de gritos! Nos começos desta Championada, diziam os endereços e não mentiam, era o Vermelho que liderava, o verdelhoso até era o segundo e os andrades o último dos três? Mai nada!
Será ele um ignorantão?!!! Aqui não! É um ignorantista! Bem saberá que foi da conquista da Águia que o futeboleco caseiro comeu. Isso até o “tareco” debita no seu béu-béu “anteiro”! Foi uma pena, mas durante meia centena d’anitos, sábia, lá voou ela nas alturas, e por lá andou, impante, sozinha, os outros ao deus dará, ela sem agruras, sustentante, qual andorinha em bicadas aos pontitos, asinha. Não encomendados mas sofridos.
Arguidos e condenados, mais os lagartotes seus criados, das uefeiras paradas daí depenicaram em fartote e bem que saborearam! E a depenicada destes caloiros uefistas, foi à descarada! E até há bem poucos anos! E tais maganos, como toiros marristas, a dizer pelintrices e só aldrabices.
Em lides uefeiras, diz inda diz Miguel, no seu escrevinhar de cordel, pela porta das traseiras a Gloriosa e linda Águia a querer entrar!!!... Para não variar na sua lábia e saber, arrota mais umas asneiras! A Águia é formosa, não faz batota. No batotismo não é sábia com’ o costismo. É certo qu’ o senhor dos apitos recebe p’ la dianteira o apitador e, a descoberto, dá-lhe uns euritos p’ra ele afinar apitadeira e não desaustinar impunemente. O terror do corrupto nem sempre é astuto! Mas p’las traseiras andou quem corrompeu, comeu como ninguém e assim se condenou e só infamemente ganhou.

Por uma temporada, Miguel virou ao “regional”! E por lá andou a xingar o treinador e outra cambada! A sua nortada botou cá uma chinfrineira que não foi brincadeira, não senhor! Pagar eu o cativo?! Sem cigano a fintar?! Eu vos digo. Vá da Costa ou Juju trivelar, qu’ eu cá não m’ engano, aquilo vai borrascar!
Só que depressa voltou ao vermelhão! É quem lhe faz comichão! E regressa à sua aldrabada de rezingão, sempre desbragada! Uma vesguice de zarolhão. Até já disse: «não há direito qu’ a Águia, apesar de ser a mais sábia, vá à frente»! Por isso, está-se a ver, não contente dá mais porretada! É o seu jeito e a sua mágoa! O “regional” tem maleita … e manha, mete água e também apanha porrada conquanto branqueada … por enquanto!!!

Miguel é um sofredor! Está feito num novelo com tamanha dor de cotovelo! É bem feita qu’ alguém lhe dê a jeito! Na futeboleira, Miguel não é só um rezingão. É, e de que maneira, um aldrabão. Na sua soneira de zarolhice, Miguel ao espelho vai. E sempre à primeira, o “vermelho” lhe sai. E nem vê qu' é só asneira na sua vesguice em relação à Águia altaneira, a sua assombração!
Mas eis qu’ um dia, de repente, dá de si frente ao espelho! Acordou estremunhado e tremia como um condenado, dando com Da Costa, imperador absoluto, condenado corrupto, de riste apontado ao reflectido e encolhido adepto, suando, tão acabrunhado, circunspecto e triste!
De rompante, Da Costa, franzindo o cenho e danado, ordena-lhe impante e forte, sacudindo pulga do capote, voz cavernosa que julga ainda pomposa:
«tás a ver a “moirama” que tem toda a fama de ser o maior do mundo?! Bota faladura e peçonhenta prosadura! Troca tintas aos espelhos! Não mintas! Mas poupa os verdelhos. A superior “escola anteira” do rasganço e seu arrianço é violenta e não é p’ra brincadeira! Inda te dá um moqueco na moca, meu menino!
Eles, os vermelhos, são o destino do nosso ripanço! ...
Nós, as personagens da asneira! ... »

E, destarte, Miguel mirou e bocejou ... foi-se ao biscate ... e nem para trás de si olhou! ...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FALANDO DE AVALIAÇÃO

Tem estado em foco o tema da avaliação do desempenho. E perante tão acesa polémica, parece que já era tempo de começar a pensar a sério na avaliação que engloba tudo o que rodeia a arbitragem do futebol caseiro, se se quiser que este deixe de ser a triste e penosa realidade em que se tornou. De facto, parecem pertinentes as seguintes questões:
- Quem avalia os árbitros de futebol?
- Quem avalia os que têm por missão avaliar esses árbitros?
- Quem avalia aqueles que os nomeiam para arbitrar?
- Quem avalia os que têm por missão preparar esses mesmos árbitros para a mui difícil missão de ser Juiz, com toda a inerência de imparcialidade, rigor, verdade, honestidade e competência técnica?
- Finalmente, quem pune aqueles que roubam descaradamente uma equipa que dá o melhor que sabe e pode?

A grande massa de adeptos, cujo futebol é uma das suas principais paixões de vida, desconhece por completo as respostas a estas questões. Ou, talvez correspondendo melhor à realidade, sabe bem quem é o grupo que comanda, que "tem jogado e joga na sombra", até porque já houve para aí uns arremedos de condenações por corrupção mas todos sentem que é a mais descarada impunidade a que continua o seu reinado tenebroso. Por isso, sabem também, com aquela sabedoria bem popular que nunca se engana, que o futebol em Portugal, de há 3 décadas para cá, é uma mentira pegada. A verdade desportiva é, dizem, coisa que há muito se tornou numa miragem. E vingam-se, deixando cada vez mais os Estádios vazios, às moscas, subtraídos que foram e enganados que se sentem no desabrochar genuíno das emoções próprias do sortilégio mágico do resultado final de um jogo de futebol. Sabem já eles muito bem, com aquela certeza da sua tradicional sabedoria, que os resultados estão de antemão combinados e decididos, são falsos como Judas e não estão mais para ser enganados. Agora, só vão dizendo que o seu sortilégio emocional está apenas concentrado em verificar por quanto e de que modo é que um árbitro vai preparando, ao longo da partida, o resultado final querido pelos poderes que o comandam. Sim, porque já ninguém os consegue convencer de que as grossas "asneiras" patentes a olho nu são fruto de uma alegada incompetência técnica que certos "pensadores e escrevinhadores" lhes tentam enfiar na cabeça.

Ainda há quem tente convencer de que os erros dos árbitros são próprios da dificuldade de ter que ajuizar em milésimos de segundo, ou radicam na sua deficiente competência técnica. Mas estamos a falar de excepções que só vêm confirmar a regra. E a regra é a de que os árbitros - também pode haver alguma excepção - erram porque querem errar, porque têm de tentar tudo para que o resultado final seja conforme ao que foi combinado ... ou coactivamente imposto para vingar na profissão, numa demonstração inequívoca de coacção moral.
Há realidades factuais verificadas ao longo do tempo, e até já provadas, que bem ilustram esta regra. Sem pretendermos ser exaustivos, enumeraremos algumas.
Escandalosamente, os árbitros erram sempre contra uns e favorecem sempre, outros, seja nos jogos directos, seja nos indirectos.
Tem sido também bem visível e notório que para a já famosa "jarra" vão apenas os árbitros que, tendo sido de facto incompetentes, não prejudicaram, com erros decisivos, nenhuma das equipas em confronto. Só basta que, para isso, os "patrões" dos "juízes da jarra", ou os serventuários desses "patrões", tenham bufado para os microfones da imprensa "amiga".
Não menos importante é reconhecer que, efectivamente, na vida há coincidências. Mas coincidências de coincidências?! Explicando melhor, coincidências repetitivas, repetidas até à exaustão?! A coincidência é, por definição, um acaso, um imprevisto, um facto fortuito! Não é uma realidade que repetitivamente vai acontecendo com uma regularidade espantosa e inconcebível! Isto dá uma ideia bem aproximada do papel do "patrão" dos árbitros, quer dizer, de quem os nomeia e os dirige.
A grande massa adepta desconhece quem avalia os árbitros. Mas sabe algumas coisas. Sabe que há árbitros que fizeram encomendadas e péssimas arbitragens e que são bem avaliados e sabe que há árbitros que fizeram boas arbitragens - excepções muito raras - sem erros graves influenciadores do resultado final, e que são penalizados na sua avaliação. Tudo está em saber quem prejudicaram e beneficiaram, directa ou indirectamente.
Também se sabe que um dos grandes responsáveis pela classificação final dos árbitros está acusado de mais de uma centena de crimes por falsificação de classificações. E sabe-se ainda porque tais factos estão registados em conversas telefónicas, igualmente sabendo o povo que, por muito que queiram fazer para que elas sejam consideradas ilegais - e, no plano jurídico-penal, não o conseguiram - o que lá está dito é o que lá está dito e essa realidade ninguém a pode destruir ... nem sequer os acusados o ousam tentar!

Sabe-se, porque igualmente registado e gravado em conversas telefónicas, que houve pressão directa sobre árbitros, em especial com a célebre frase "manda quem pode, obedece quem deve".
E falta muita coisa que se sabe e não está registada nessas conversas. Sabe-se entre outras coisas, que se vai ao Brasil de férias e a conta aparece registada e paga por uma agência afecta a um clube já condenado desportivamente como corrupto, conquanto com uma punição que só faz rir e reforçar a desconfiança endémica do povo na "justiça" da
Justiça.
Sabe-se finalmente um facto, de fonte muito próxima e fidedigna, que certo árbitro, confesso benfiquista, antes, durante e após o término da sua carreira arbitral, anulou um golo ao Benfica, nos instantes finais de um jogo nas Antas, que lhe daria uma Supertaça, não porque tivesse sido corrompido directamente para isso, mas porque bem sabia que seria gravemente prejudicado na sua avaliação e classificação.

Até se acredita que a grande maioria dos árbitros não seja corrompida de forma directa. Porém, mantendo-se na íntegra o aparelho da avaliação e classificação dos árbitros, com seus "donos" e "serventuários", é fácil de compreender o outro tipo de corrupção de que se não fala mas é bem mais sofisticado, a corrupção por coacção moral. É que a "vidinha" custa a todos e seria preciso muita estatura moral para denunciar a situação concreta. E não só apenas isso como, fundamentalmente, lutar contra a falta de prova e, em especial, contra o arremedo de contraprova que o resto da comandita, agarradinha ao tacho, não deixaria de produzir. Numa corporação de interesses, de que há tantos exemplos em Portugal, não há muitos "heróis". Seria preciso, pois, que o Governo olhasse com olhos de ver para a importância da indústria do futebol e criasse mecanismos que propiciassem tanto quanto possível a imparcialidade de todos os órgãos decisórios a ele ligados e impedissem e erradicassem de igual modo a enorme suspeição enraizada que é a regra no futebol português.

Sabe-se que, no futebol actual, já não há supremacias absolutas em cada jogo, seja o adversário quem for. As vitórias surgem, na maioria das vezes, não em resultado de exibições de encher o olho, mas em razão dos pequenos pormenores. Hoje, vinga a regra do resultado, não a da exibição, mesmo nos considerados melhores treinadores do mundo. Posto isto, vamos a alguns exemplos muito concretos.
O FCP conseguiu, no campeonato passado, uma porção de vitórias pela diferença mínima, delas sobressaindo o 1-0. Vamos supor que, em cinco ou seis desses jogos, o respectivo árbitro lhe anulava o golo, mesmo alegando a razão mais disparatada que lhe viesse à cabeça. Suponhamos que esses árbitros - nos quais se incluem sempre os auxiliares, cujo papel não é menos preponderante - lhe anulavam o golo da vitória por suposto fora-de-jogo, tal como fizeram no Benfica-Leixões dessa época, que assim terminou empatado a 0-0. Agora imaginem o resultado final da classificação geral, em especial se fosse ao contrário, isto é, que o Benfica, mesmo não sendo beneficiado, ao menos não tivesse sido prejudicado nesse jogo e noutros, como o do Bessa.

No campeonato actual, é opinião mais ou menos pacífica na imprensa - exceptuam-se os conhecidos serventuários do poder ainda instalado e que são muitos - de que o Benfica não foi minimamente beneficiado em qualquer dos jogos disputados, mas tem sido severamente prejudicado na esmagadora maioria deles.
Foi prejudicado em Vila do Conde onde viu ser-lhe escamoteada uma grande penalidade flagrante que lhe retirou dois pontos.
Foi prejudicado em Matosinhos, onde foi espoliado de um golo limpo - era 0 2-0 a pouco tempo do fim - por hipotética falta sobre o guarda-redes contrário, quando ele chocou e caiu devido à carga de dois colegas seus, não tendo o jogador do Benfica e marcador do golo tocado sequer ao de leve no mesmo.
Foi prejudicado contra o Sporting, tendo-lhe sido roubada uma grande penalidade nítida, conquanto sem consequências na vitória.
Foi gravemente prejudicado em Guimarães, quer com agressões bárbaras sofridas sem a devida punição, quer com a invalidação de jogadas limpas de golo eminente a seu favor, igual e felizmente sem consequências na vitória.
Foi prejudicado contra a Naval com um novo escamotear de uma grande penalidade do tamanho da Torre Eifel, felizmente também sem consequências na vitória.
Foi prejudicado contra o Setúbal com a anulação de um golo limpo, só possível por arrependimento e terror das consequências que ao ajuizador adviriam, aqui com resultado desastroso.
Foi prejudicado contra o Nacional da Madeira pelo autêntico e escandaloso roubo de um golo limpo que lhe retirou a vitória nos instantes finais. Do autêntico roubo deste golo limpo, escreveu ipsis verbis um jornalista no jornal de maior tiragem nacional:
«a decisão de invalidar o golo a Cardoso só tem uma justificação: "impedir o Benfica de ganhar"»
Esta frase significa apenas e só que o árbitro anulou deliberada, livre e conscientemente, o golo, com dolo directo. Ele quis directamente aquele resultado, bem sabendo que, da sua actuação de anular o golo, o mesmo resultado se iria verificar. E o resultado, a intenção deliberada, livre e consciente, era impedir o Benfica de ganhar o jogo, custasse o que custasse!
A mando de quem? À sombra de que interesses? E a verdade desportiva?
Quer dizer, já não é só a massa adepta, a dizer à
"boca calada mas cheia", que os árbitros erram contra o Benfica para o roubar, para lhe roubarem as vitórias, para o impedir a todo o custo de ganhar.

Com tudo isto, o Benfica, sem nunca ter sido beneficiado, quer directa, quer indirectamente, foi autenticamente roubado em 10 pontos! Repetimos, dez pontos! Quantos clubes, quantas equipas se conseguiriam aguentar com tamanho roubo?
E não há nada que se possa fazer, caros dirigentes do Benfica?



domingo, 21 de dezembro de 2008

A Olivedesportos e os contratos de transmissão dos jogos da Liga

Rui Cartaxana, em artigo recentíssimo do dia 20 de Dezembro, coloca em título:

«contratos são todos nulos»

Cartaxana refere-se aos os contratos de cedência dos direitos de transmissão televisiva dos clubes à empresa Olivedesportos. Acrescenta ele, ipsis verbis, que esses contratos eram, e continuam a ser hoje, nulos e de nenhum efeito, pelo que qualquer clube que tenha contratado essa cedência de direitos à referida empresa pode denunciá-los. Baseia-se ele no célebre acórdão da Relação de Lisboa que, revogando decisão do Tribunal de Comarca, consagrava como princípio geral, a determinado passo:

«É nulo por impossibilidade legal e por ilegalidade de objecto o contrato em que um clube de futebol transfere para uma empresa não autorizada a exercer a actividade, o direito de captar e difundir imagens de um espectáculo de futebol».

E deste princípio, o acórdão em análise partia para concluir :

- «Assim, o contrato[1] referido no ponto II é também nulo porque o seu objecto é contrário à ordem pública»

- «ainda que o mesmo direito seja livremente transmissível pelo seu proprietário – o clube de futebol organizador do espectáculoo seu adquirente só poderá ser uma entidade legalmente autorizada a exercer a actividade de televisão».

Lembro-me bem do assunto e tenho até esse acórdão arquivado. Deve acrescentar-se, aliás, que tal acórdão, proferido por unanimidade dos três Juízes que o elaboraram e aprovaram, acolheu substancialmente a doutrina jurídica plasmada em parecer[2] do Professor Doutor Antunes Varela, Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mundialmente conhecido pela sua sabedoria técnico-jurídica e um dos principais co-autores do Código Civil Português que ainda hoje vigora. E não só era brilhante na sua ciência técnico-jurídica, como ainda na sua verticalidade deontológica que nunca lhe permitiria elaborar parecer para agradar a quem lho solicitou, se ele não estivesse de acordo com a sua sabedoria e a sua consciência.

Quando Manuel Vilarinho foi eleito Presidente do Glorioso, aguardava-se o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, para o qual apelara a derrotada Olivedesportos, ao mesmo tempo que ela fazia correr no Tribunal de Comarca um pedido de indemnização ao Benfica, para o caso de ganhar no Supremo. E toda a gente sabe que Vilarinho rescindiu o contrato com a SIC e renegociou de novo com a Olivedesportos. “Havia rumores muito fortes”, afirmava-se com bastante ênfase, de que o Supremo Tribunal de Justiça se preparava para revogar o acórdão da Relação de Lisboa, por dois votos contra um, fazendo definitivamente vingar a decisão do Tribunal de Comarca que dava razão à Olivedesportos.

Nunca pudemos comprovar, com um grau de certeza algo consistente, a veracidade da razão apresentada. Ela era perfeitamente verosímil, assim como o seu contrário. Sabemos é que era a mais apelativa à compreensão dos sócios. De facto, devemos ter presente a realidade da época[3]. Em primeiro lugar, o contrato com a SIC também não era nada que valesse a pena. Dizia-se até que era inferior e que a SIC não adiantava verbas, naquela altura tão necessárias como pão para boca a morrer à fome. A RTP, televisão paga com dinheiro do povo, pouco se importava em gastar um tostão a mais ou um tostão a menos, não era dela. Vilarinho deparou-se com o Benfica na falência e precisava urgentemente de dinheiro. Pelo menos, a dúvida quanto à decisão do Supremo era perfeitamente legítima e, se essa decisão fosse desfavorável ao Benfica, era a morte anunciada do nosso Glorioso. A Olivedesportos podia não dar muito, mas dava o que todos os clubes, não apenas o Benfica, precisavam. Dava adiantamentos que iam adiando, em muitos casos, a agonia, e noutros possibilitavam a colocação do primeiro tijolo para reconstruir a salvação. De resto, era por isso que a Olivedesportos tinha êxito. Por isso e por ter sempre à mão a televisão paga com o dinheiro do povo e que preferia dar a choruda comissão aos seus amigalhaços do sistema (a Olivedesportos foi o suporte económico do mesmo), do que dar um pouquito mais aos clubes e certamente menos do que lhe custava o pagamento da comissão, é que a Olivedesportos se amanhou e continua a amanhar.

Só um clube que tenha conseguido alcançar a sua maioridade económico-financeira[4], e se se perfilar uma concorrência saudável e efectiva, é que lhe pode fazer frente. Cartaxana bem pergunta :

«…os clubes hoje ‘não querem’ receber dez vezes mais pelos seus direitos de TV e há 20 anos que a maior receita do futebol é arrecadada e manipulada por um único intermediário, que os tribunais dizem sem legitimidade para os adquirir sequer ?»

Mas será que esses clubes terão condições para o fazer, se vivem constantemente a balões de oxigénio e à sombra do clube já condenado corrupto, bem sabendo que, se desobedecerem, terão como certas a descida de divisão e a penúria?

Até este clube corrupto condenado precisa desses balões de oxigénio! E a sua primeira filial[5] submissa então nem se fala!...

Estou, portanto, em crer que, houvesse ou não a certeza acerca da decisão do Supremo, uma havia seguramente:

«a certeza de que eram precisas verbas urgentes para salvar o Benfica da falência»

Por isso, a Vilarinho não restavam alternativas, era preciso seguir pela via que, a muito custo, conseguisse salvar o Benfica.

Também confio no conhecimento e na capacidade técnico-jurídica dos advogados do Benfica. Deste modo, se eles tivessem lobrigado[6], com um grau de certeza razoável, uma fuga juridicamente viável e válida, eles já o teriam feito, ou fá-lo-ão. Talvez a nossa Benfica TV, com a ajuda de patrocinadores, verdadeiros concorrentes do sistema, possa dar no futuro um precioso auxílio ao supremo desígnio de todo o Benfiquista:

«ou fazer o sistema, via Olivedesportos, TV Cabo, Sportv, ou seja lá o que for, pagar ao Benfica, nem que seja com língua de palmo, o justo valor da nossa marca, ou mandá-los para o chafurdo da sobrevivência, com uma alternativa concorrencial forte e sustentada».

Por mim, confesso-o com todas as letras, preferia de longe esta segunda opção. Era capaz de a trocar por um campeonato!



[1] O antigo contrato Benfica-Olivedesportos.

[2] Parecer pedido pelos advogados do Benfica.

[3] Realidade que, provavelmente, ainda se verifica.

[4] Como acreditamos que o nosso Benfica conseguiu.

[5] Ou agência, ou sucursal, como queiram.

[6] Ou lobrigarem.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O REFRIGÉRIO DA EXPIAÇÃO

Os avençados e escrevinhadores do sistema, (agora e felizmente já condenado corrupto), domados na sua apetência à mordomia serviçal, têm de fazer pela vidinha e compensar de algum modo a deferência enjoativa que lhes prestam, conquanto tal tarefa se lhes não apresente demasiado custosa por privilégio endémico. Assim de novo acontece no “record”.

Escreveu-se aí em título: «Benfica sem margem de erro». É fácil de ver que o rabisco se refere à necessidade (para o rabiscador, imperiosa), da conquista do campeonato, sem a qual a época seria um «rotundo fracasso».

A intenção pretendida pelo escrevinhador é apenas a de pressionar o Benfica e os Benfiquistas e tentar esfarelar a união que, enfim, se tem verificado entre dirigentes, treinadores, jogadores e Benfiquistas. Para os avençados, o facto de ser uma equipa da cabeça aos pés praticamente toda nova, a precisar de tempo de sedimentação e apoio, muito apoio, não conta nem minimamente lhes interessa. Bem pelo contrário, a sua missão é o inverso. Perante isto, apetece fazer algumas perguntas e tecer também algumas considerações.

Será que a margem de erro do Sporting é assim tão maior? É um facto que estes submissos e primeira agência do sistema agora condenado corrupto conseguiram estar nos oitavos da Liga dos Campeões. E também é verdade que quem, em mais de meio século de vida de tal competição, nunca alcançou uma coisa destas tão comezinha, (apesar de se auto-intitular impudentemente de “grande”(?!!!), «daquém e dalém mar»), já pode considerar isso um feito de nomeada, que o “pobre com pouco se contenta”. Mas alguém pensa que a coisa passará daí, salvo um qualquer futebolístico cataclismo milagreiro? E não passando, que mais lhe salvará a época?

Para humilde escrevinhador que se preze em dar conta do seu recado, só o Benfica é que pode ter «um rotundo fracasso».


Concede-se que ele rabisca um facto real, a irregularidade da equipa e dos resultados. Só que não é minimamente rigoroso e objectivo, ou seja, diz apenas a verdade que lhe convém, não a que vai contra o conteúdo e limites do sistema, (agora condenado corrupto), e dos seus submissos.Por isso, é de sua conveniência esquecer-se de que quase toda a equipa, da cabeça aos pés, é nova e necessita de tempo, compreensão e apoio, para que dela se possa exigir o que se deve. E ainda mais convenientemente (e coniventemente?) se esquece de assinalar as arbitragens anti-Benfica que, com o Leixões para o campeonato, anulou um golo limpo a Yebda, e para a Taça, deixou passar em claro duas grandes penalidades contra os Leixonenses. Com o Rio Ave, perdoou outra grande penalidade aos donos da casa, e com o Setúbal anulou um golo limpo, (lembrou-se da bordoada na classificação que levaria de caras e arrependeu-se), que punha o Benfica a ganhar por 3-1. E só mencionamos aqueles erros grosseiros contra o Benfica que lhe fizeram perder 6 pontos, não falando em outros igualmente grosseiros e programados, nem nos benefícios que, em contrate, têm sido concedidos aos directos adversários na luta pelo título. Se não fossem todos esses erros grosseiros e programados contra o Benfica, (de que praticamente todos os jornais, tv.s, escrevinhadores, paineleiros e comentadeiros muito convenientemente se esqueceram), o Benfica ainda estaria na Taça e a sua liderança no campeonato seria bem mais folgada, para “maior descanso” deste escrevinhador.


Ouve-se ainda falar muito do montante investido na equipa do Benfica. Por que se esquecem do que foi investido na dos já condenados corruptos, uma vez que o valor se aproxima tanto? Não tenham pena do que o Benfica investe. Ao contrário dos outros, sabe-se quanto ganha e quanto deve. Mas alguém sabe quanto devem os corruptos condenados pelo seu Estádio? Quanto deve a Euroantas, SA que é, pelo menos, aquela que tem a seu cargo (escriturada) a dívida do mesmo? Quem tem medo de apresentar as contas consolidadas de todo o grupo empresarial? E por que não falam nisso os avençados escrevinhadores, paineleiros e comentadeiros?


Benfiquistas, quanto mais fortes estivermos – e estamos porque temos muito melhores contas, melhores receitas, melhor equipa técnica, melhores jogadores, melhor director desportivo, etc, etc – mais assanhados vão ser os constantes ataques à nossa união e coesão, procurando sempre e só os pequenos ciscos nos nossos olhos e esquecendo os autênticos toros nos olhos dos adversários corruptos condenados e sua agência da submissão. Nem sempre serão os jornaleiros, paineleiros e comentadeiros avençados. O sistema corrupto condenado sabe bem lançar mão de toupeiras domesticadas de camaleão, papagaios sempre à espreita de se poderem elevar um pouco à custa do nosso Benfica. Unir, unir, é a única palavra de ordem. Temos as nossas diferenças. Discutamo-las frontalmente e de boa-fé, mas nos locais próprios, nos locais só nossos que os outros nem isso têm. E apenas com a presença da nossa “Benfica TV”, do nosso “O Benfica” e de toda a grande Família Benfiquista. Afinal de contas e apesar dos burros dos factos virtuais, nós fomos o único clube, aliás, o maior dos chamados grandes, que lutou contra a ditadura e o Salazarismo. Não fomos nós que inauguramos com toda a pompa e solenidade o estádio no simbólico dia de 28 de Maio, nem foi no nosso Estádio que se fizeram comícios da ditadura e do dito Salazarismo.


A democracia é e sempre foi a essência do nosso Glorioso Benfica e, consequentemente, o Benfiquismo sempre foi e será sinónimo puro de democracia. Mas saibamos cultivá-la, exercê-la em plenitude, tendo sempre presente que só há democracia onde houver responsabilidade.E nunca, por nunca, haja um resquício sequer de vontade de nos servir do nosso Benfica.

Bem pelo contrário, o lema do Benfiquismo foi, é e sempre será «todos por um»

sábado, 13 de dezembro de 2008

Notícia “expresso”

Benfica-Ovarense transmitido em directo na Benfica e na Sport TV

A direcção do clube da Luz garante que a partir de agora todos os jogos, em casa, das modalidades ditas amadoras, irão ser transmitidos pelo novo canal do Benfica, quer tenha ou não cobertura televisiva na Sport TV ou RTP2. A Benfica TV, que iniciou as emissões contínuas há dois dias, assegura que vai transmitir os jogos das modalidades "amadoras" na Luz A direcção do Benfica já avisou a Federação Portuguesa de Basquetebol, que reclama os direitos televisivos da Liga de basquetebol, que o jogo Benfica-Ovarense, marcado para amanhã, às 17h, no pavilhão da Luz, será transmitido em directo no novo canal Benfica TV. "Claro que vamos transmitir o jogo", afirma ao Expresso João Gabriel, director de Comunicação dos 'encarnados', referindo que o encontro será também transmitido em simultâneo na Sport TV. "O Benfica não exige exclusividade, mas também não aceita que a Federação reclame exclusividade quando são os clubes que investem na formação, pagam aos jogadores e arcam com todo as as despesas da competição", acrescenta João Gabriel. Fonte da direcção do Benfica garante que, ainda no defeso, a possibilidade do Benfica vir a transmitir jogos no seu próprio canal foi comunicada à Federação de Basquetebol. "Avisámos a tempo e horas que não assinassem contratos de exclusividade com qualquer operadora. Não bloqueamos ninguém, até porque é do nosso interesse que a marca Benfica seja difundida em vários canais, mas também não admitimos que nos impeçam de transmitir as nossas modalidades nos jogos disputados na Luz", sublinha a mesma fonte. Sem contrapartidas financeiras envolvidas, já que os clubes nada recebem pelos direitos televisivos, a direcção do Benfica sustenta não estar a "violar" qualquer tipo de contrato, quer com as federações, quer com a Sport TV ou RTP2, os canais que até agora transmitiam os encontros das modalidades ditas amadoras. Tal como amanhã, no jogo com a Ovarense, equipa 3ª classificada da Liga de basquetebol, a dois pontos do líder Benfica, também o encontro Benfica-Oliveirense, de hóquei em patins, será transmitido quarta-feira, às 19h30, simultaneamente na RTP2 e na Benfica TV. O primeiro canal televisivo ligado a um clube entrou em emissões oficiais regulares na manhã do dia 10 de Dezembro. Paulo Rodrigues, director da Federação Portuguesa de Patinagem, referiu que já foi dada autorização para que este jogo fosse transmitido na Benfica TV, mas que os próximos encontros terão de ser objecto de análise. O Expresso tentou em vão contactar a Federação de Basquetebol e o seu presidente, Mário Saldanha. Não foi também possível até agora falar com a Sport TV.

Ai julgavam que a mama continuava? Estás a ver, "oliveirinhadosadesportos"? Vais saber como elas cantam fino! A chucha está-se a acabar!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"A «cegueira» do facto e o «sabetudo» do facto"

“dedicatória a um ensaio convicioso”

É um facto de facto e não “cegueira” p’ra ninguém, que certo “mestre” de facto e do facto se deu conta que, em plena vivência da informação, o facto é a sua essência e que era o seu facto, mesmo sem resquício do facto de facto, o que interessava informar. Finório, lá foi domando a informação do facto e programando o(s) escrevinhador(es) do facto, do seu facto de facto, transformando-o(s) na sua emanação concreta de o “sabetudo” do facto. É, pois, um facto de que, de há 30 anos para cá, mais coisa menos coisa, se assiste à informação do facto de facto mas muitíssimo mais à (des)informação do facto não facto mas, de facto, apenas facto do escrevinhador do facto. E como não interessa geralmente facto que seja facto de facto, o inventor do facto tem de imaginar facto que, como se calcula, é facto que não é facto, facto que só dele é facto.


Regra geral, o escrevinhador do facto está só perante o facto numa mera relação virtual com o facto de facto. É um escrevinhador “avençado” e bajulador serviçal, um arremedo de aprendiz do facto que não é facto de facto, mas apenas facto do seu mestre e senhor do facto. Serviçal e encadernado quanto baste, a troco de uma mercê do senhor do facto, nunca é demais repetir que a sua apetência do facto é mera apetência do facto do senhor do facto e nunca do seu imaginário, tão pobrete ele, de facto, se arrasta num fanhoso debitar do facto do "mestre" do facto. De “dobradiças”vertebrais bem oleadinhas, (conquanto surrentas em abundância que chegue), ou a potes de fruta, viagens tipo calheiros e encalhadas nas contas do regional do senhor do facto (facto enganoso, assim ordena tal “mestre” do facto), virtuais cargos directoriais de tv.s que ninguém vê mas todos pagam de facto, tudo à sombra do senhor de facto e do facto, o qual ainda tem, de facto, uns amiguinhos bem avisadinhos para, quando preciso, aconselhar saltinhos ali ao lado, a terras de Espanha, ou abafar os marfins, coisa que, aliás, não é facto do senhor do facto e, por inerência, de sua emanação, o “sabetudo” do facto. O “sabetudo” do facto, serviçal e mordomeiro do facto, não tem, de facto, dificuldade em escrevinhar o facto, não o facto de facto, mas o facto do seu senhor do facto. O “sabetudo” do facto, não noticia facto que é facto, de facto, mas não facto do seu “mestre” de facto.


É esta, pois, a plenitude da vivência prenhada do facto de o “sabetudo” do facto. De facto, ele sabe tudo quanto a sua ominosa imaginação, induzida pela sua obcecada paixão à força de vergalhada, em potência ou em acto, deve escrevinhar como facto. Mas o que é engraçado é que o “sabetudo” do facto noticia sempre o facto como se ele fosse facto de facto, e não facto do seu senhor do facto. Mas o facto não existe fora do “mestre” do facto. É ele, o “mestre” e senhor de facto e do facto, que cria o facto. Depois, prenhado e impante, o “sabetudo” do facto, apresenta-se a si próprio como facto, o facto de o “sabetudo” o que para si é facto, embora não seja facto de facto. Por conseguinte, muito embora seja um facto de facto, o “sabetudo” do facto não noticia o facto de que os pintos só queriam mandar nos apitadores, não noticia o facto e o conteúdo das conversas telefónicas porque foi “ilegal” terem-nas escutado sem sua autorização, não noticia o facto de o seu senhor de facto e do facto receber o árbitro do jogo, quando era preciso descansar e ir fresquinho (e descansadinho) para a Corunha e “amanhar” os desgraçadinhos que tiveram a sorte de só terem jogado dois dias antes. E não noticia muitos outros factos, que foram factos de facto. Por exemplo, não noticia o facto de as toupeiras, (umas mestiças pudibundas de camaleões), que o seu “mestre” do facto, com uns quinhentinhos, tem sempre à mão, serviçais de mordomias a contento.

Todavia, valha-nos o facto, o “sabetudo” do facto poupou-nos, não ter (ainda) noticiado como facto o obtusante facto do pai incógnito do regional do senhor do facto. Se é que, realmente, em tão estapafúrdio facto, é o patético e pai fantoche aquele que é, de facto, o incógnito! Realmente, quando o suposto soube de tal facto lá nas profundezas de sua tumba, deve ter pulado das trevas e vociferado furibundo. «Pai incógnito, eu?!!! Ai, s’a minha Jaquina não estivesse já aqui devorada a meu lado, que nem cinza ou pó do marfim qu’aquele maroto do facto surripiou!!! Filho meu?!!! A mim é que aquele desgraçado burro do facto me arranjou agora um filho?!!! Esse é que é de facto o incógnito, um filho incógnito!!! Valha-me Deus e àquele burro do facto que, (isto é uma praga de facto), o diabo há-de consumir com tanto facto que nunca foi facto de facto!!! Nem depois de morto e bem morto aquele burro de facto e do facto me deixa em paz e ainda me há-de arranjar o seu facto que não é facto de facto!!! E às custas da minha fidelíssima e amantíssima impotência e castidade vergal!!! Um filho incógnito?!!! Aquele burro de facto e do facto até com os mortos faz facto!!!»

O “sabetudo” do facto até noticia um facto de facto, pois é realmente um facto de facto que a tanta “qualidade sapiencial” de que ele faz facto é que “embaraça” os visitantes que, (é um facto de o “sabetudo” do facto e, curiosíssima coincidência, um facto de facto!), primam pela sua obstinada e sapiente ausência, quer do seu altar de papagueação e veneração ao senhor do facto, com suas escrevinhaduras do facto, quer da tv com cujas mordomias directoriais o presentearam bem docilizado, (mas aguentando tachinho burrical, perdão, parece que “cultural”, não da batata mas do binho do puerto, carago), nas pagadorias de escrevinhar bloguista do facto de seu “mestre” do facto.


O “sabetudo” do facto faz gala da sua sapiente sabedoria do facto. Mas não se iludam, o “sabetudo” do facto não está programado para equacionar o facto. Lembrai-vos, ele debita o facto e só é facto o facto que ele debita. Os outros, obtusos ignorantes do facto de o “sabetudo” do facto, podem relatar o facto que é facto. Todavia, para o “sabetudo” do facto, é uma parvoíce, uma reganhada cegueira, querer afirmar facto, mesmo que seja facto de facto, mas que nunca foi facto programado como facto de o “sabetudo” do facto.


Tanto “sabetudo” do facto esmaga-nos, de facto. Esmaga-nos o turbilhão do facto de o “sabetudo” do facto e o turbilhão do facto de uma bem programada e domada imaginação inesgotável e omofágica do facto, na sua inclinação pró facto do senhor do facto. Não se chegue ao facto, todavia, de confundir o “sabetudo” do facto com o profeta (das desgraças) do facto. Ele está programado e domado, de facto, para ser ambas as coisas, mas é diferente.

O profeta (das desgraças) do facto noticia o facto antes do facto, profetiza o facto.

O “sabetudo” do facto noticia o facto como facto, o facto que para si já é facto.

O profeta (das desgraças) do facto é um adivinho do facto.

O “sabetudo” do facto é um curandeiro do facto, do facto que não é facto de facto, mas é facto de o “sabetudo” do facto.


Coitado de o “sabetudo” do facto. A sua curandice é só aldrabice. A realidade do facto desmente a cada facto o facto de o “sabetudo” do facto. Mas é um facto de facto, não facto da programação de o “sabetudo” do facto, que o “sabetudo” do facto todo se pavoneia, de facto, na sua charlatanice de o “sabetudo” do facto. Quando, de facto, o “sabetudo” do facto, do facto de facto não sabe nada de nada …

Não sabe sequer que é facto, mas facto de facto, (não está programado para o debitar como facto) que o senhor do facto sempre foi tão labioso em fazer domar os papagaios de facto para, sob a capa de um benfi(quistismo) de facto, zurzirem no Benfica de facto e não no benfica de o “sabetudo” do facto e do mestre e senhor do facto e da fruta de facto.

Em suma, o “sabetudo” programado do facto é um papagaio do facto que, à custa do facto do senhor do facto, se quer apenas alevantar de facto no seio da Família Benfiquista realmente de facto. Mas também é um facto, (talvez não de o “sabetudo” de facto), que nem todo o que diz senhor, senhor entrará de facto no seio da Gloriosa Família.