segunda-feira, 29 de março de 2010

COMO É DIFERENTE O FUTEBOL EM PORTUGAL

Nao deixa de ser irónico e até de pasmar, para mim claro, o que vi na final da Taça da Liga.
Primeiro e antes de tudo, continuo a defender que o BENFICA deveria sair dessa Taça.
Tem servido para que os árbitros, que nas competiçoes “mais importantes”, onde roubam a bom roubar o BENFICA, o beneficiem nessa taça cervejeira.
Sem a preocupaçao de hierearquizar, descrevo o que para mim foram as derrotas mais sonantes do FCPorto.
1º- no plano deportivo, a derrota foi claríssima. Nos dois aspectos que interessam, o FCPorto foi amplamente derrotado.
Perdeu por três golos sem resposta, o que desde já pressupoe, que o BENFICA, possui claramente um plantel muito superior técnicamente.
Durante todo o jogo, veio ao de cimo a abismal diferenta entre a Equipa de Stradivarious, e um grupo de gladiadores, á boa maneira da velha Roma.
2º - no plano disciplinar, a derrota ainda foi mais clara.
O FCPorto, ao longo de 30 anos de impunidade, criou para si próprio, uma aura de “intocabilidade.
Nao sabendo o que significa ser capitao de equipa, bruno alves deu um espectáculo triste, nao foi nem capitao nem jogador, foi uma espécimen que se quer erradicado dos campos de futebol.
Já nao se usa daquilo, aliás nunca se usou, só mesmo no FCPorto para criar e alimentar um energumeno mesmo à medida dum clube que deita mao a tudo para ganhar.
3º - no plano da arbitragem, com um jorge sousa absolutamente em pânico, pois perante os seus queridos super dragoes, e todo o staff que há mais de vinte anos promove ou despromove árbitros a seu bel-prazer, jorge sousa, viu-se na necessidade e no desejo de deixar os de azul e branco distribuir fruta, nao daquela de dormir obviamente, mas da fruta de doer, daquela fruta que considera que canela vai té ao pescoço.
E que bem que bruno alves o exemplificou.
Foi uma final triste, muito triste.
Se para o BENFICA significou além do mais que está no bom caminho, o que esta final da taça cervejeira, mostrou à saciedade e à sociedade o que é afinal de contas a boa organizaçao do clube dos treinadores mortos: um reino podrido, mas muito bem organizado.
Bastou um campeonato á medida da fraquíssima equipa que tem, para o fcporto, mostrar as garras e os dentes com que domina o futebol português, os braços com que asfixia esta pouca vergonha que campeia no futebol tuga.
Um tal de fernando gomes, demitiu-se dum qualquer cargo na estrutura do clube dos envelopes, numa manobra de cerco às chefias do futebol.
E parece que o assalto ao poder no futebol foi revigorado.
E, como era de esperar, os leves castigos a hulk e sopapu, foram praticamente “limpos”.
Na Inglaterra um tal de Cantona, esse sim um jogador genial, figura de prôa de um clube de prôa, agrediu um espectador e levou com a módica quantia de 15 meses.
Espectador, que por sinal o provocou e insultou.
Depois de entrarem na cabine, foram chamados cá fora e desembrestados a sairem de um qualquer curral, hulk e sopapu agrediram agentes do futebol, que foram depois qualificados de espectadores.
Espectadores especiais, já que só podem ver os jogos nos tuneis dos estádios.
Adiante.
Foram despenalizados e agora pedem indmenizaçao choruda…e claro armam-se em vítimas, maquilo que eles mesmos fizeram aprovar.
Parafraseando o Cardeal Gonzaga em “A Ceia dos Cardeais” “como é diferente o futebol em Portugal”.
No sábado passado, jogou-se contra um inimigo vulgar.
Muito mal vai o futebol de um País quando uma equipa trauliteira e praticamente inócua tem pretensoes a ser campea.
Nao fora o empolamento dado pela imprensa servil, e este brácoro, teria passado despercebido, pois foi empurrado por todo um ambiente criado artificialmente como intuito de derrotar o GLORIOSO.
Tristes coitados, deveriam ter ido depois do jogo ao Bom Jesus, agradecer o nao terem saído como sairam mexilhoes, nacionales setubels e outros que tais.
Mas lá que correram correram, muito diferente das perninhas abertas contra a casa-mae.
Seria da côr do Manto Sagrado, das malas vazias(já agora) com 50 mil dentro?
Como foram derrotados, ladraram furiosamente contra tudo o que mexia do BENFICA…desde o provocador DIMAGIA, ao profissionalíssimo JJ.
Boissoró, que agrediu CARDOZO em Braga, fracturou o perónio e o ligamento cruzado do joelho(nao interessa qual).
Justiça remanescente?
A verdade é que no tenho pena nenhuma.
Lá as fizeste cá as pagaste.
Estamos no único lugar que a História nos reservou: o PRIMEIRO.
Se Fosse num campeonato como deve ser, a diferenta do BENFICA, para os perseguidores era suficiente.
Mas sabemos que em Portugal, o futebol joga-se nos gabinetes onde se encomenda fruta se servem cafezinhos, se solicitam sumarissimos para o BENFICA e pede-se para limpar amarelos.
Só pergunto o que diriam se o Pedro Proença (para quando a expulsao de sócio do GLORIOSO?) oferecesse as insignias FIFA a JJ?.
Ou será que teve um rebate de conciencia e entendeu que nao as merecia?
Duvido.

domingo, 28 de março de 2010

O eclipse do siso

1. Ao contrário de muitas decisões anteriores, os senhores conselheiros do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol pensam agora que os seguranças de recinto desportivo não são considerados intervenientes no jogo, tal como polícias, bombeiros e outros equiparados de que são exemplo os apanha-bolas.
É uma concepcão “sui generis” e inovadora no mundo da justiça desportiva portuguesa que em todas as situações análogas anteriormente levadas à sua decisão consagrou jurisprudência de sentido contrário.
Esta concepcão é ainda singular porque os seguranças, polícias, bombeiros e outros equiparados são essenciais, por imperativo da lei, à realização do espectáculo desportivo, de tal forma que sem a sua presença não há jogo.

Assiste-se, pois, a uma involução na interpretação da norma jurídica, certamente defensável no plano académico mas não harmonizável com a evolução da vida.
Quanto a este ponto, não sei se os senhores conselheiros jubilados tiveram como Mestre o saudoso Professor Doutor Carlos Alberto da Mota Pinto.
Ensinava, efectivamente, esse saudoso e Insigne Mestre do Direito que a norma jurídica deve ser interpretada num sentido actualista, tendo em conta a normal evolução da vida a que ela se destina.
A norma é criada para regular a vida, pelo que na vida se deve inserir e não a vida inserir-se na norma.

Os senhores conselheiros, com uma interpretação muito restritiva e retrógrada, afrontaram ainda o conceito amplo de agente desportivo que a norma regulamentar da Liga consagrou. E outro princípio que os Mestres de Direito consagram é o de que, se o legislador não restringiu, não deve o intérprete restringir.


2. Mas a decisão torna-se ainda retrógrada tendo em conta o que se passa nas normas similares de direito europeu. Na Liga Inglesa e outras Ligas de futebol de primeira qualidade, a condenação da prevaricação corresponde ao sentimento comum dos apaniguados do futebol e está de acordo não apenas com a aplicação da Justiça mas ainda com a consagração do tão propalado princípio do “fair play” desportivo, palavra que em Portugal também enche a boca das autoridades.
Todavia, estas mesmas autoridades, quando são chamadas a aplicar a justiça, mesmo que só a justiça retribuitiva, parecem sempre lamentar a missão que lhes foi confiada. Assiste-se, quer da parte de alguma opinião, quer da parte dessas autoridades, a uma desculpabilização dos comportamentos atentatórios da são convivência desportiva, chegando-se muito perto de lamentar o infractor, quase o divinizando pela compaixão, e esquecendo-se completamente a vítima.
Nalguns casos, há mesmo arrotos desprezíveis a tentarem condenar a vítima por ela se ter queixado.


3. Não há dúvida! Em Portugal, a vítima desportiva tende a ser escorraçada, vilipendiada, maltratada e esquecida, talvez por se ter permitido inocentemente ser vítima.
Pelo contrário, o infractor quase é sacralizado, uma vez que todos os olhares e opiniões se dirigem para a eventual condenação deste, num estridente coro de lamentações e de compaixão, enquanto a vítima é esquecida, ostracizada, curando sosinha as feridas da brutalidade e da humilhação.
Melhor dizendo, o Portugal de brandos costumes inverteu no futebol os princípios fundamentais da civilização, vitimizando os algozes e algozando as vítimas.

Ao que tudo indica, porém – e já consta até dos jornais – tratou-se de mais uma cozinhada costumeira que se vai fazendo ao longo dos tempos naquele Conselho de Justiça.
Quanto à aplicação do direito ... essa varia consoante as influências clubísticas dominantes capazes, inclusive, de modificar intenções e mesmo convicções.
Para o Conselho de Justiça, a Justiça segue dentro de momentos ...


4. Tendo em conta toda esta lamúria para com o infractor e correlativo desprezo pela vítima, é patético e abjecto o comunicado do Sporting de Braga.
De facto, o comunicado é desprezível porque se insere na linha traçada da compaixão para com o infractor e desprezo pela vítima, invertendo-se totalmente os valores civilizacionais.

O comunicado é ainda patético porque assenta em fundamentos mistificadores da realidade, num delírio só próprio da demência intelectual quando contesta factos cuja verificação real pôde ser presenciada em todo o mundo e por toda a gente.
Razão tem aqueles que dizem que há certas mentes tão retorcidas que são capazes de contestar o próprio sol, a chuva e o vento, a fim de defenderem os princípios mais retrógrados e animalescos.

O comunicado é ainda patético porque, tendo a condenação do infractor Vandinho sido decidida por um órgão de justiça desportiva, foi depois confirmada unanimemente por outro órgão de justiça desportiva superior, em sede de recurso, que fez sua também a decisão de condenação que fora proferida em primeira instância.
Todavia, os proscritos da moralidade viram-se com toda a sua sanha persecutória contra a primeira instância, e em especial o seu presidente, e esquecem totalmente quem, em responsabilidade suprema de decisão hierarquicamente superior, confirmou a decisão primeira com uma decisão de total concordância.

De resto, se pensarmos bem e com espírito de boa fé e livre de segundas intenções, seria contra o órgão de segunda instância desportiva que os subscritores do patético comunicado poderiam ainda ter alguma legitimidade para contestar.
Com efeito, a agressão de Vandinho é semelhante, e até inferior nos resultados, à protagonizada por Hulk e Sapunuru. São ambas agressões contra a integridade física de pessoa humana.
Ora, a pessoa humana é tão importante na “veste” de um “interveniente no jogo” como noutra qualquer “veste”. É assim que a consideram as pessoas civilizadas e de boa fé.


5. Não foi assim que a consideraram os senhores conselheiros. No entanto, o erro moral e jurídico não esteve na manutenção do castigo a Vandinho.
Esteve na quase despenalização de Hulk e Sapunuru porque os senhores conselheiros, no seu conceito bizarro de pessoa humana, consideram mais importante a pessoa humana interveniente no espectáculo desportivo do que a pessoa humana assistente do espectáculo desportivo.
Para os senhores conselheiros, não existe pessoa humana. Logo, não lhes interessa a conduta criminosa, o crime em si, mas a qualidade da pessoa que sofreu na pele os actos concretizadores daquela conduta.
É uma nova forma de medir as pessoas aos palmos!...

Mas é claro que se compreende esta patetice “bracarense”. O Conselho de Justiça continua nas mãos do sistema que se mantém quase intocável, bastando para o comprovar – se necessário fosse – ler o correio da manhã de hoje.
A Comissão Disciplinar da Liga não, tem dado sobejas provas de independência e imparcialidade o que a feriu de morte porque teve a ousadia de, na aplicação efectiva da Justiça desportiva, a ter aplicado efectivamente àqueles que durante décadas despudoradamente atentaram contra ela.
O Sporting de Braga pouco se importa que o sistema o não tivesse favorecido neste aspecto concreto. Acostumou-se à babugem, segue o dono com fidelidade canina.


6. Toda a gente de boa fé sabe qual o motivo de toda esta direccionada chavasquice. O que pode surpreender e admirar é tão grande descaramento mas até isso já nem é inesperado. No fundo, advém de muita gente que nunca se impressionou com a batotice da mais negra página da verdade desportiva mas, quiçá, a coadjuvou e exaltou.

Nem sequer podemos ficar admirados com a pesporrência de tal gente ao considerar-se auto exaltadamente de “guerreiros”. Nem pensamos sequer que, com, tal prosápia, estão a ofender os verdadeiros Guerreiros que a história da humanidade consagrou. É que, além do mais, não ofende quem quer ...
Estes Guerreiros lutavam lealmente, eram cavalheiros, defendiam as virtudes civilizacionais a cuja missão dedicavam o seu espírito lutador.
Os auto proclamados de “guerreiros” lutam à traição, cultivam o destempero, defendem valores que a civilização condenou e condena.

Estes auto proclamados “guerreiros” são apenas terroristas!
Terroristas da verdade, da honestidade intelectual, do fair play, da verdade desportiva, dos valores morais e civilizacionais do Homem!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sabado todos de colete,mas todos mesmo.

Quem puder e quem concordar obviamente.
* ideia (bem sugestiva) do amcslb


SLB4EVER Rumo****

sábado, 20 de março de 2010

PROCURA-SE …

Jogador escorraçado do seu estágio, jogador corrido à “pedrada” do “nós”, os homens do clube da pedrada nacional, parece ter-se refugiado no consulado da sua Pátria. Teria ido pedir asilo político não por perseguição do seu país mas por escorraçamento no país pequenino da servidão e do armamento “nuclear” dos mísseis do pedregulho.

Já alguém disse ou escreveu que um director desportivo é contratado para contratar jogadores. Este director desportivo do “nós” e da gestão “à porto” foi contratado para expulsar os melhores jogadores.
Sá Pinto, seu antecessor, não expulsou e escorraçou Liedson porque, assim, ficaria sem parceiro para o pugilato e o jogo do murro, conquanto só os olhos, sobrancelhas, nariz e dentes do “levezinho”, por ser “leve”, claro está, tenham sido derrotados.

O “ministro” também joga “à ministro”.
Não consta que o desaparecido tenha dotes de pugilato. Todavia, o "ministro", ao que se diz, parece que tem. De resto, isto só revela uma coerência. Pedrada e murro são jogos assim não muito distantes.
Depois, já muitos sportinguistas se queixaram e afirmaram que aquilo por Alvalade só vai ao murro … e à pedrada, naturalmente! De outro modo, não há forma de endireitar aquela servidão de migalhas.

Contam os escaparates da história que o nosso – nosso, não, deles e só deles – “ministro” disciplinador do “nós” tem sido um “expert” em desatar nós. E dão-se alguns exemplos do brio “profissional” que o “ministro” do “nós” já evidenciou, numa coerente sequência que, agora, já ninguém ousa desancar.

No Dínamo de Moscovo havia a directiva disciplinadora que impunha aos jogadores a limpeza das próprias botas.
Todos os jogadores cumpriam!
O “ministro” do “nós” achava que o “nós” – ele – nada tinha a ver com isso!
A sua brilhante “disciplina” do “nós” deu-lhe direito a sair pela porta da rua, talvez não escorraçado mas, ainda assim, sem deixar inquietudes em ninguém.

No Atlético de Madrid – que, sem o “nós” do “ministro”, agora eliminou o clube com o “nós” do “ministro” – conta-se que, num treino, tão exímio “disciplinador” teve entrada duríssima sobre um jovem companheiro de treino e de clube.
Quando este ousou pedir satisfações, levou os seus murros da ordem como troco!
Claro que os adeptos do Atlético de Madrid pediram ao “ministro” do “nós”, e também dos murros, que se dedicasse a jogar futebol e não ao pugilismo.
Como não foram ouvidos! ...

Mas não está completa a imagem histórica do “disciplinador” do “nós”. Deixou de se ver na selecção, ao que dizem, por causa, precisamente, de o “ministro” do “nós” ter presenteado o “nós” da selecção com uma noitada!

Por tudo isto, se não sabemos ainda onde encontrar o “desaparecido”, sabemos ao menos quais as razões do seu escorraçamento.
Izmailov não parece ter jeito, tanto quanto se sabe, para as artes do pugilismo e do murro!
Por conseguinte, não serve de parceiro ao “disciplinador” do “nós” porque não entra no “nós” do “ministro”.

Enquanto se aguarda por notícias do desaparecido escorraçado do “nós” do “ministro”, o “ministro” deles, do clube da pedrada, vai tendo nós para desatar!
Mas agora ainda vai ter mais tempo, tempo de sobra, uma vez que ainda há bem pouco, “o vento levou tudo” … o que por lá havia ainda para levar, que não era muito!
Mas ficaram as pedras! E os punhos do “ministro”!
E os adeptos para os torneios da pedrada!

sexta-feira, 19 de março de 2010

O CLUBE DOS VISCONDES DA PEDRADA

1. O Sporting Clube de Portugal parece que mudou de nome e passou a chamar-se o Sporting Clube da Pedrada. De facto, já desde há uns tempos para cá que temos visto e ouvido os seus dirigentes e adeptos a jogarem à pedrada, aqueles metaforicamente e estes no afã da concretização dos incentivos dos seus chefes.
Salema Garção tornou-se, neste contexto, o maior incentivador da pedrada quando apelou aos adeptos do Sporting para receberem Atlético de Madrid e Simão Sabrosa num ambiente “extremamente difícil”. Excelente incendiário dos ânimos, porta-se na linha de uma elite de viscondes que, com a sua “finesse”, lá vão continuando na busca de algum alívio para os seus infortúnios desportivos.
Os holigans deste e de outros países não escarnecerão certamente de tal chefe.
A pedrada tornou-se, para esta gente de “fina” linhagem, o único meio de tentar alcançar uma vitória desportiva, agora que até o seu celeiro de migalhas se consome na magreza do pão nosso de cada dia.
É certo que estes títeres das virtudes desportivas não estão apenas escanzelados com a fome de vitórias desportivas e de massa para conseguirem dar a volta à situação de insolvência notória. Eles estão também incentivados pelos homens da justiça desportiva dispostos a concederem-lhe títulos que ganharam à pedrada.
Talvez por isso não seja de admirar que, frustradas agora as suas expectativas da vitória à pedrada, venham a recorrer desta vez para as instâncias “uefeiras”, na esperança de que elas tenham “aprendido” alguma coisa com os exemplares conselheiros da justiça federativa portuguesa.

2. Ainda relativamente à pedrada, a SIC deu uma amostra resplandecente do estado da actual credibilidade da informação dos “media” portugueses.
Efectivamente, foi-nos dado a ver pelas imagens dois pedreiros, um de camisola verde, a lançarem pedradas sobre uns autocarros de passageiros que estavam quase a parar. Depois, viram-se sair vários indivíduos do mesmo autocarro e, sem lançarem pedras, dirigirem-se para os que lhas estavam a arremessar, fazendo inclusive algumas piruetas para fintar a direcção que levavam as pedras a eles dirigidas. E só depois estes apedrejados começaram a ripostar, lançando pedras também.
Por conseguinte, as imagens mostram-nos dois indivíduos a arremessarem pedras contra os autocarros, mesmo antes de estes terem parado e de começarem a sair de lá os seus ocupantes.
Porém, para o lídimo repórter da SIC no local, as coisas não se passaram como as imagens nos mostram. Ou seja, este repórter quis fazer de vesgos todos os que viam as imagens e, então, vai de dizer que foram os ocupantes dos autocarros, adeptos do Atlético de Madrid segundo o seu relato, aqueles que deram início à peleja do arremesso das pedras.
Não sabemos com que intenção tais autocarros vieram parar naquele sítio e quais os desígnios dos seus ocupantes, não nos custando nada admitir que não vieram cheios de boas intenções. Todavia, as imagens que nos foram disponibilizadas mostram que dois atiradores, presume-se adeptos do Sporting, que já estavam a atirar pedras aos autocarros antes de eles terem parado completamente e antes de começarem de lá a sair os seus ocupantes.
O repórter da SIC tem outra verdade sobre a realidade e procura desmentir as próprias imagens da realidade.
Nada que neste país, em especial nos domínios do futebol, nos surpreenda já.

3. Ainda no reino do clube nacional da pedrada, foi engraçado ver e ouvir o mais tenro espécime da gestão “à porto”. Foi engraçado e curioso porque o homem chegou no meio de um silêncio sepulcral – talvez continuação das exéquias do treinador “forever” – e num silêncio de túmulo se tem mantido e para lá remetido a equipa de que dizem ser director desportivo.
O curioso da cena foi que o homem abriu o bico precisamente naquilo que a gestão “à porto” ensina dever estar de bico fechado, como coisa unicamente do foro interno.
E quando o homem necessita de, publicamente, se justificar, a coisa deixa muitas interrogações…
Tantas interrogações que já hoje pudemos ler um costumado opinador sportinguista que começa por perguntar no seu artigo de opinião se o jogador “matou alguém”.
Não há dúvida de que, para começar, o “ministro” está mesmo a ser ministro! Abre o bico quando o devia fechar, necessita de publicamente se justificar quando só deve justificação interna, escorraça um jogador que tem brilhado e … perde a eliminatória e tudo o que ao vento faltava levar!

4. Mesquita Machado continua a saga do desvirtuamento e mistificação da realidade, na senda de Tavares, Moreiras, Domingos e Salvadores.
E não deixa de ser curioso que se erija e esgrima a provocação como a mais miserável de todas as misérias, a responsável por todos os descaminhos e por todos os dislates.
Mas sabe-se que a provocação é o argumento dos que não têm argumentos!
A provocação não deixou de ser apenas um motivo de atenuação dos comportamentos que afrontam os valores do homem mas o mais pérfido dos crimes que santifica todas as outras actuações que, pensava-se, atentam contra tais valores.
A provocação justifica tudo! Nem é necessário que ela seja uma provocação injusta que os valores do direito penal exigem – pelo menos, no papel – para ser relevante, mas relevante apenas como atenuação de um comportamento criminoso. Só precisa de ser catalogada de mera provocação por quem lhe der na gana!
Depois, o Senhor Mesquita Machado também acha que um treinador não devia fazer queixa de um jogador por ele treinado e que o tenha agredido ou tentado agredir.
Também não deixa de ser “sui generis” este pensamento, principalmente numa altura em que tanto se discute a indisciplina escolar, em especial aquela que culmina na agressão de professores. Para Mesquita Machado, e na lógica do seu raciocínio – um treinado é um aluno do treinador e este um professor daquele – um professor, qualquer que seja, não deve nunca fazer queixa de um seu aluno, seja em que circunstância for.
É muito feio, diz o Senhor Mesquita Machado, na senda do treinador Paciência.
Por isso, alunos de, hipoteticamente, algum professor filho ou neto ou de qualquer modo familiar próximo do Senhor Mesquita Machado, podem arriar à vontade neste vosso professor que ele de vós não deverá fazer queixa porque é muito feio!
Já quanto aos outros professores, deveis ter calma porque estes podem não estar pelos ajustes e mandarem bugiar o Senhor Mesquita Machado e aquilo que ele diz.

Livrai-nos, Senhor, de tão “ilustres pedagogos”!

quinta-feira, 18 de março de 2010

BOÇALIDADES E DESONESTIDADES

1. Em termos literários, o escritor Miguel Sousa Tavares tem sido muito desancado pela crítica especializada por via da mistificação da realidade histórica que impressiona muitos dos seus romances. Não se trata, tanto quanto se depreende das críticas, de uma ficção romanceada de factos inverosímeis. Trata-se pura e simplesmente de uma invenção de datas e realidades históricas, ou por ignorância, ou simplesmente por mera desorientação memorial.
A questão não tem, só por si, grande significado no desenrolar normal da História ou mais concretamente da Humanidade, nem mesmo as invenções mirabolantes que, à custa desta mistificação, Miguel Sousa Tavares vai arrecadando.
Depois, também se percebe esta sua tendência que arremete sem êxito, naturalmente, contra a ditadura dos factos. Ela provém-lhe da escola futebolística implantada no seu clube que foi perito em desencantar factos que pretende históricos mas que só trapaceiam a História.

Indo ao fundo da questão e porque na actualidade a mentira muitas vezes repetida já não se transforma em verdade, a necessidade desta mistificação factual da História assenta, como é óbvio, em bases que tentam subverter a verdade e a realidade das coisas e é recurso à mão dos que não têm por si recursos da realidade histórica.
No fundo, estes mistificadores ou são mentalmente mentirosos da realidade ou são meros ignorantes e de intelecto obtuso que não têm consciência da realidade, não por responsabilidade própria mas por responsabilidade dos recursos de que o seu intelecto dispõe.
Os primeiros são intelectualmente desonestos, são os criadores da mentira e da consequente aldrabice. Não provocam grande dano na sociedade porque o estado civilizacional actual desta cria em si anticorpos próprios que arremessam com tais boçalidades para a cloaca dos detritos nauseabundos.

Não sei em que categoria devemos colocar Miguel Sousa Tavares, nem com isso estou muito preocupado. Não tem a mínima importância a sua catalogação em qualquer das categorias enunciadas, nem em quaisquer outras que se arrimem. São por demais sabidas as suas mentiras negatórias de um factualismo real que impõe a sua ditadura e que, por via disso, não admite argumentos que o contrariem.
Devemos, porém, ter em conta o esforço de Miguel Sousa Tavares para a originalidade das suas lucubrações na sua mistificação da realidade, originalidade essa que muito naturalmente não alcança. Não é, pois, à falta de labor intelectual que as suas mentiras sobre a realidade factual evanescente nas suas mirabolâncias nos aparecem na sua crueza de desonestidade intelectual.

A pretendida originalidade que Miguel Sousa Tavares tenta emprestar às suas comédias sobre a realidade histórica faz, todavia, com que aquelas até tenham algum sentido. Um sentido que não é, obviamente, coincidente com o querido pelo autor, mas que existe na factualidade que ele recria no seu imaginário.
Vejamos, a título de exemplo, as frases escritas no seu artigo de opinião em “a bola”, da passada terça-feira. Escrevia ele que a equipa do FC Porto não mais devia atravessar o túnel da Luz sem uma escolta de polícia, testemunhas e operadores de filmagens.

Mas, naturalmente!
A escolta de polícia poderia, nomeadamente, impedir um qualquer jogador daquela equipa de danificar a estrutura do mesmo túnel, que custou dinheiro ao Benfica! Se tal escolta não estivesse disposta a fazer apenas “ofício de corpo presente”, talvez um Fernando qualquer posteriormente fosse, se não castigado disciplinarmente pelas instâncias da Liga, ao menos responsabilizado civilmente pelos estragos causados com a patada.
Quanto a testemunhas, e partindo-se do princípio, falacioso é certo tendo em conta o seu promotor, de que elas testemunhariam apenas a verdade dos factos, talvez que Hulk e Sapunuru não ficassem apenas pela fraqueza das punições relativamente à força das suas brutas bestialidades. E mais, talvez que outros comparsas seus também tivessem de responder perante a justiça disciplinar da Liga!
E o mesmo se diga quanto à necessidade da equipa de filmagens, conquanto os relatos do ocorrido nos tenham transmitido a excelência daquelas filmagens que ficaram gravadas, que não foram aceites pela justiça do futebol mas que o serão pela justiça penal, se esta não estiver a dormir e for cega.

Continuando pela sua dissertação, extensa mas dizendo pouco, encontramos ainda a original conclusão sobre o golo do Benfica no seu jogo com o Nacional da Madeira. É original e ainda inédita, não apenas porque ninguém a descortinou a não ser ele próprio mas ainda porque ela afronta de novo a ditadura da realidade factual que a desmente e permite chamar intelectualmente mentiroso ao seu autor.

Alguns poderão dizer que Miguel Sousa Tavares se permite estas originalidades porque, no âmbito do futebol, ele tem propensão para a palermice.
Não vou tão longe. Creio que Miguel Sousa Tavares sofre apenas de uma vesguice intelectual direccionada para todas as coisas que impliquem o seu FC Porto, pela positiva ou pela negativa, sendo neste caso abrangidos os supostos adversários do seu clube e o não suposto mas real inimigo erigido por tais intelectos.


2. Houve alguém, não tenho agora a certeza se Miguel Sousa Tavares ou não, que escreveu, relativamente ao “penta” nos “emiratos” londrinos, esta rábula sem lhe desvendar os segredos dos seu significado.
“Se Jesualdo Ferreira estivesse no lugar de Venger e este no lugar daquele, o resultado teria sido mesmissimamente igual”!

Mas é claro!...

Concordando quase inteiramente com a conclusão, retiro daí o significado de que a equipa de futebol profissional do FC Porto não presta para nada!
Para nada, não! Para alguma coisa presta, tal como ficou sobejamente comprovado no túnel da Luz!
Ela não presta é, dizem muitíssimos e eu concedo, para jogar futebol que se veja!
Socorrendo-me de um jogador da mesma que afirmou jogar ela “de forma espectacular”, tenho de concluir que o espectáculo que ela proporcionou no seu jogo, com este parodiante à cabeça, foi deveras espectacular e deve ter feito saltar de satisfação no seu túmulo o destinatário dos prometimentos do “penta”, que, enfim, fora alcançado!


3. O Senhor Vítor Pereira, responsável pela nomeação dos árbitros para jogos da Liga, é, como a grandíssima maioria dos responsáveis deste país, um esquecido! Um esquecido com memória sectorial, fazendo apelo aos recônditos desta nas situações que lhe interessam e remetendo para os abismos do esquecimento a realidade que importa, ou sonegar ou mistificar.
Compreende-se, assim, que o Senhor Vítor Pereira venha dizer que “as preocupações sobre a ocorrência de novos incidentes no túnel do estádio, depois da partida ou durante o intervalo, como os que aconteceram no jogo entre o Sp. Braga e o Benfica, também orientado pelo mesmo árbitro, são exageradas”!

De facto, elas “são exageradas” é na sua mente porque o que aconteceu no túnel de Braga foi apenas aquilo que este árbitro – e, já agora, o seu auxiliar Ramalho – quis que tivesse acontecido.
Mais ninguém soube de nada, só o que a ditadura decisória do árbitro, agora alvo de tantos encómios pelo Senhor Vítor Pereira, ditou que tivesse acontecido.
É que o senhor Vítor Pereira devia ter referido o que toda a gente viu e ele certamente também!
E o que toda a gente viu – menos o senhor Ramalho, claro, apesar de estar junto aos acontecimentos e de frente para eles, como o comprovam, sem deixarem a mínima dúvida, as imagens televisivas – foi o jogador Cardozo, mais o seu treinador adjunto, a serem barbaramente agredidos!
E o que toda a gente viu foi em plena luz da noite, dos holofotes do campo e das televisões!
E o que toda a gente viu aconteceu no relvado, bem às claras, não nos túneis!
Por isso, o Senhor Vítor Pereira pode estar descansado sobre a existência ou não existência de túneis no estádio do Algarve!
E pode estar descansado porque a regra da ditadura decisória do árbitro, ainda que túnel houvesse, imporá o seu critério!
Assim, ainda que os acontecimentos tenham lugar à vista de todos os participantes, árbitros incluídos, e das televisões presentes, o seu tão elogiado árbitro fará maneira de esquecer o que aí se passar e ditará a sua lei nos esconsos lugares que lhe permitem reinar!

quarta-feira, 17 de março de 2010

JÁ NAO PODES VIVER MAIS TEMPO CONNOSCO (parte II)

Tiveste, pois, Pintinho, em tua casa da Madalena, A.Duarte para te pedir conselhos matrimoniais...para o Pai, que tem uma amante em...Lisboa, ele que até é de...Braga. ë mais comedido que tu que as mandas vir do Brasil.Procedeste à partilha do bolo das Ligas; determinaste o lugar que cada Clube ocuparia nas tabelas classificativas. Afirmaste que por ti, Lisboa já estaria a arder.Tudo isto eu vim a saber pela coragem de um tal Luís Filipe Vieira.
Conheces?
Das reunioes que tens com a tua gente donde saem verdadeiras bostas dirigidas ao GLORIOSO, guarneci e reforcei,tranquei-lhes a porta. Outros procedessem de igual modo.
Sendo assim, prossegue, Pinto da Bosta,o caminho encetado; sai do País de uma vez para sempre; as portas estão abertas; põe-te a caminho. Há muito que te reclamam como papa esses teus acompanhantes manhosos.
Leva também contigo todos os teus; se não todos, pelo menos o maior número possível. Limpa a cidade. Libertarás o País dum cancro galopante.
Já não podes conviver por mais tempo connosco; não o suporto, não o tolero, não o consinto.
Grande deverá ser o nosso reconhecimento para com os deuses imortais, por termos escapado a esta peste tão abominável, tão horrorosa e tão hostil à Pátria. Nunca mais a suprema segurança do Futebol deve ser posta em perigo por causa de um homem apenas. De tantas vezes que tu, Pintinho das Bufas, armaste ciladas ao honestíssimo BENFICA, a última das quais a medonha táctica dos tuneis, que tiveste o cuidado de fazer aprovar a suspensao de quem fosse "apanhado" a andar á traulitada, nos túneis dos estádios. E nao é que foram os teus gladiadores a serem apanhados pela tua própria lei, que agora e só agora pedes para ser considerada inconstitucional?
Mas agora é a todo o País do Futebol que tu diriges abertamente o teu ataque; são as casas das pessoas, como a de Luís Filipe Vieira que já mudou de casa por três vezes, é a vida de todos os cidadãos,é o Portugal inteiro, é tudo isto que tu arrastas para a ruína e a devastação. E, uma vez que não ouso ainda pôr em prática o que se imporia em primeiro lugar, pedir que tenhas uma doença incurável, tomarei uma posição mais moderada quanto ao rigor, porém mais útil no que toca à salvação comum. É que, se a doença te matar, continuará no Futebol o restante bando dos teus conjurados; mas, se tu saíres, como já há muito te estou convidando, o País ficará vazio dos teus sectários, dessa profunda sentina que empesta o Estado.
Então, Pinto da Bosta, que se passa? Hesitas em fazer por nosso desejo o que tu já deverias realizar por tua livre vontade? É a um inimigo público que o vulgar cidadao manda sair do País.Perguntas-me se para o exílio?
Não to ordeno, mas, se pedires o meu parecer, aconselho-to.
Que há, ó Pinto da Bosta, que ainda te possa causar prazer neste País, em que não há ninguém, fora dessa conjuração de homens depravados, que te não odeie, ninguém que te não deteste?
Que nódoa de escândalos familiares não foi gravada a fogo na tua vida? Que ignomínia de vida particular não anda ligada à tua reputação?
Que sensualidade esteve longe de teus olhos?
Que acção infamante deixaram de perpetrar as tuas mãos algum dia? Que torpeza esteve ausente de todo o teu corpo? Que jovem alternadeira haverá a quem não tenhas ilaqueado nas seduções da tua imoralidade,na libertinagem?
Pois quê? Há pouco, quando, com os cornos que te pôs a tua primeira mulher, esvaziaste a tua consciência como se um menino de côro fosses, bêbado de luxúria e comprimidos azuis, pelo novo (ou novos?) relacionamentos.
Nem menciono a perda dos teus campeonatos, que tu verás todos confiscados nos próximos anos, se a Justiça, como deve ser, tiver mao pesada.
Refiro-me a factos que dizem respeito não à infâmia pessoal dos teus vícios, não à tua penúria doméstica e à tua má fama, mas, sim, aos superiores interesses do Estado e à vida e segurança de todos nós.
Podes tu, Pinto da Bosta, sentir prazer na luz deste dia ou no ar deste céu que respiras, ao saberes que ninguém dos portugueses desconhece que, na véspera do BeiraBeira-FCPorkos,durante o consulado de Pinto de Soiza, Azelha Duarte se apresentou submisso e servil em tua casa, e dizias primeiro para tomar um cafezinho e conversar sobre nada, depois dizias para pedir conselhos matrimoniais.
Tens um grupo de homens preparado para dar a morte aos que a ti nao se submetam, ou que vejas como "perigo" em portência.
E já nem conto pois que não são nem desconhecidos nem poucos os delitos cometidos. Quantos golpes, vibrados de tal maneira, que parecia impossível escapar-lhes!
Nada adiantas, nada consegues, e, contudo, não desistes de tentar e de querer.
Quantas vezes a tua bífida língua qual punhal ignominioso a usas quando julgas necessário, para cravá-la no corpo e na alma de outrém.
E agora, que vida é esta que levas? Desejo neste momento falar-te de modo que se veja que não sou movido pelo rancor, que eu te deveria ter, mas por uma compaixão que tu em nada mereces. Se os meus amigos me temessem da maneira que todos os teus concidadãos te receiam, eu, por Hércules!, sentir-me-ia compelido a deixar a minha casa; e tu, a esta País, não pensas que é teu dever abandoná-lo?
E se eu me visse, ainda que injustamente, tão gravemente suspeito e detestado pelos meus concidadãos, preferiria ficar privado da sua vista a ser alvo do olhar hostil de toda a gente; e tu, apesar de reconheceres, pela consciência que tens dos teus crimes, que é justo e de há muito merecido o ódio que todos nutrem por ti, estás a hesitar em fugir da vista e da presença de todos aqueles a quem tu atinges na alma e no coração?
Se teus parceiros te temessem e odiassem e tu não os pudesses apaziguar de modo nenhum, retirar-te-ias, penso eu, do seu olhar para outra qualquer parte. Pois agora é a Pátria, mãe comum de todos nós, que te odeia e teme,e sabe que desde há muito não pensas noutra coisa que não seja o seu parricídio; e tu, nem respeitarás a sua autoridade, nem acatarás as suas decisões, nem te assustarás com o seu poder?

segunda-feira, 15 de março de 2010

JÁ NAO PODES VIVER MAIS TEMPO CONNOSCO ( I PARTE)*

Até quando, ó Pinto da Bosta, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura?
A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a polícia de Palermo, nem a ronda nocturna do calor da noite, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem em nenhum local, nem o olhar e o aspecto dos portugueses, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste durante 30 anos , em que locais estiveste,a quem subornaste, que deliberações foram as tuas?
Oh tempos, oh costumes! A Justiça Desportiva e a Justiça Civil tem conhecimento destes factos, o CD tem-nos diante dos olhos; todavia, este homem continua vivo! Vivo?!
Mais ainda, até na Assembleia da República ele aparece, toma parte no almoço de Estado, aponta-nos e marca-nos, com o olhar, um a um, para a chacina. E nós, Benfiquistas Gloriosos, cuidamos cumprir o nosso dever para com o Futebol,
se evitamos os dardos da sua loucura. Pinto da Bosta, é que tu deverias, há muito, ter sido arrastado por ordem do Tribunal, contra ti é que se deveria lançar a ruína que tu, desde há muito tempo, tramas contra o BENFICA.
Pois não é verdade que uma personagem tão notável. como era Joao , pontífice máximo do BENFICA. mandaste ameaçar de morte por um tal de guarda Abel, que exibia a sua israelita Uzi no malfadado túnel das Antas??
E já não falo naqueles casos de outras eras, como o facto de agressoes a jornalistas Carlos Pinhao e colegas?
Por suas próprias mãos, espetou umas lambadas valentes a uma tal de Filó, com quem recasou e, que agora alimenta. Havia, havia outrora nesta República, uma tal disciplina moral que os homens de coragem puniam
com mais severos castigos um cidadão perigoso do que o mais implacável dos inimigos.
Temos umas leis contra ti, Pinto da Bosta, contra ti e os teus serventuários, uma lei rigorosa e grave, que a ti nao se aplicam; não é a decisão clara nem a autoridade do Tribunal aqui presente que falta à República; nós, digo-o publicamente, nós, os cidadaos, é que faltamos.
Decidiu um dia o Tribunal que o mafioso Peidoso fosse presente no caso do apito dourado. Pois nem um campeonato passou, para que os árbitros das escutas, aliviados do medo lhe voltassem a dar mais campeonatos.
Pouco faltou para que Bexiga de tão nobre postura,nao tivesse sido limpo.
Limpo mesmo segundo Carol alternadeira.
Nós, porém, há já há mais de vinte anos que consentimos no enfraquecimento do vigor de decisão destes homens. Temos leis neste País, mas estao fechadas nos arquivos como espada metida em bainha;e, segundo essas leis, tu, Pinto da Bosta, deverias ter sido imediatamente condenado à prisao. E eis que continuas vivo, e vivo, não para abdicares da tua audácia, mas para nela te manteres com inteira firmeza.
Nao é meu desejo, Benfiquistas, ser clemente; é meu desejo, no meio de tamanhos perigos para o futebol tuga, não parecer indolente; mas já eu próprio de inacção e moleza me acuso.
Há processos em Itália contra a Juve, e em todos os Países da Europa as condenaçoes sao mais que muitas por corrupçao no Futebol.
O que quiseste fazer ao BENFICA contra ti se vira: aumenta em cada dia o número dos inimigos; e, no entanto, és o general desses trogloditas da Ribeira, o comandante desses inimigos do BENFICA,
muitos deles os vemos no interior das nossas muralhas e dentro do próprio CLUBE, urdindo a cada instante algum atentado contra o GLORIOSO. Se, neste momento algum Juiz te mandar prender, Pintinho das Bufas,
se decretar a tua exclusao da sociedade, o que sobretudo me faria feliz, tenho a certeza, é que todos os bons cidadãos censurariam por uma actuaçao tardia, e não que haja alguém a dizer que se usou de crueldade excessiva.
Hás-de ser vencido, sim, mas temo que possivelmente só no momento em que já não for possível encontrar-se ninguém tão perverso, tão depravado, tão igual a ti, que não reconheça a inteira justiça desse acto.
Enquanto houver alguém que ouse defender-te, continuarás a viver, e a viver como agora vives, cercado pelas meninas do calor da noite, das carolinas e das filós.
Até os olhos e os ouvidos de muita gente, sem disso te aperceberes, te hão-de espiar e trazer vigiado.
Que há, pois, ó Pintinho das Bufas, que ainda agora possas esperar, se nem a noite com suas trevas pode manter ocultos os teus criminosos conluios, nem uma casa particular pode conter, com suas paredes, os segredos da tua conspiração,
se tudo vem à luz do dia, se tudo irrompe em público? É tempo, acredita-me, de mudares essas disposições; desiste das intrigas e dos discursos incendiários. Estás apanhado por todos os lados.
Todos os teus planos são para nós mais claros que a luz do dia, e importa que os recordes comigo nesta hora.
Não te lembras de pores as maos no lume por um outro Pintinho, o dos árbitros? De um Verme Aguiar um lacaio e instrumento da tua audácia?
Serás capaz de negar que montaste um esquema para subornar árbitros?
Insurges-te contra o centralismo de Lisboa, em prol do Norte?
Que Norte? Quem és tu para falares duma nobre Regiao se o teu clube nao passa dum clube de bairro?
Que és sempre derrotado por um Rio de votos?
Disseste seu louco, que passaste pelo Hospital da C.U.F. e viste lá meio BENFICA moribundo?
Só a nossa morte, dos Benfiquistas, bastava para te contentar? Mas tu irás primeiro
E sabes bem disso.
Recorda comigo, os envelopes vazios com 2500€ dentro, os cafezinhos e os chocolatinhos, as viagens de árbitros ao Brasil, a fuga para Vigo depois de avisado que te iam revistar a casa, ofertas de relógios de ouro a ex-primeiro ministros
e a famigerada manobra na uefinha para poderes ir à champions, e logo verás que eu velo com mais ardor pela verdade no futebol, que tu pela sua ruína.
Afirmo que tu, és o mentor de pidás e companhia, tenebrosa guarda pretoriana da Ribeira.
Ousas, porventura, negá-lo? Porque evitas falar das escutas? Se o negas, eu to provarei, pois que tal como "todo o Mundo" também eu ouvi as celebérrimas escutas.
Oh deuses imortais! Em que país do mundo estamos nós, afinal? Que governo é o nosso?
*baseado nas Catilinárias de Cícero

sábado, 13 de março de 2010

Elogios, ingratidões, investimentos “à Benfica”

1. O elogio do pataqueiro

A cara rubicunda do menino reguila apresentada por Domingos Paciência, naquele seu aspecto de mofineza a que já nos habituou desde há muito, continua na sua senda de excelsar a agressão, num abominar oprobriosamente da vítima.
Já imaginávamos que Domingos Paciência, bom aprendiz das artes e das doutrinas cultivadas no reino “papal” onde se formou, consagrava a “virtude” patética que até a justiça civil portuguesa comove. Mas ele não se cansa de nos mostrar que tão “eminente virtude” faz parte do seu escapulário de sentimentos e de afeições.
Daí que não nos surpreenda quando ele considera “infeliz” um treinador apresentar queixa de um jogador. Pouco lhe importam os motivos que os fins tudo justificam. E que ninguém se esforce no sentido de poder considerar que um treinador é também um condutor de homens. Para Domingos, um jogador não é um homem e um treinador segue-lhe as pisadas. Daí que as nossas crenças na defesa da vítima e concomitante condenação do criminoso sejam para Domingos Paciência uma questão despicienda.
No reino de Domingos Paciência vale tudo. Os seus jogadores têm permissão para agredir a seu bel-prazer. Se o agredido for um treinador, é muito feio, no catecismo das “virtudes” teológicas de Domingos Paciência, que este se tente defender, pelo menos de acordo com os princípios de uma sociedade civilizada que esconjura a acção directa como regra de defesa de direitos, mesmo os mais fundamentais.
Mas, pelo que Domingos Paciência deixa implícito e também por via da sua sabida formação nas “virtudes” futebolísticas, estamos em crer que a defesa directa exercida por um treinador sobre um jogador … de Domingos Paciência, seria por este catalogada nos recônditos do mais absoluto das coisas execráveis!
Um jogador de Domingos Paciência tem permissão para fazer tropelias, as mais perversas e abomináveis, que a sua conduta será sempre de uma “candura inocente”.
O que Domingos Paciência não evita é que as pessoas que o vêem e o ouvem o considerem sempre um ser reles e sem a mínima estatura de decência numa civilização que ainda cultiva algumas das virtudes fundamentais do viver em sociedade, olvidadas e aviltadas por uma safadeza de pensamento prostituído no seu parturejar.
Por muito que a rabugice de menino birrento custe a Domingos Paciência.

2. A ingratidão do professor Jesualdo

Há pessoas para quem a recompensa não passa de uma ninharia ou de um luxo dispensável. Cabe neste rol o professor Jesualdo.
De facto, todos se lembram ainda do elogio da loucura que o jogador Fucile teceu acerca da forma de jogar da sua equipa. Disse ele a dada altura, referindo-se à sua equipa, “estamos a jogar de forma espectacular”!
É claro que isso sucedeu na sua antevisão ao jogo Benfica-FC Porto de Janeiro passado. Logo aí se viu que a equipa de Fucile estava a jogar “de forma espectacular”! Devemos ter na conta devida que ele, ao fazer o seu próprio panegírico, não especificou se essa “jogatana espectacular” se desenrolava dentro ou fora dos relvados!
Também é verdade que Fucile já fez o seu discurso há dois meses e que as memórias no reino do futebol são muito curtas.
Todavia, logo após o FC Porto ter “jogado de forma espectacular” nos “emiratos” de Londres e Fucile ter dado uma enorme contribuição para tamanho feito, tendo então toda esta equipa correspondido às promessas do “papa” aos mortos e conseguido o tão almejado “penta”, o professor Jesualdo compensou tal devoção e fervor com a ignomínia da ignorância e do obscurantismo, atirando com tão emérito jogador para o saco das coisas esquecidas!
Não se faz, professor Jesualdo!

3. O investimento “à Benfica”

Surpreendentemente, o nosso chefe dos comerciantes e lídimo vendedor de banha da cobra futebolística, Senhor Dr. Rui Moreira, vem suplicar ao concílio “papal” que o FC Porto invista “à Benfica” na sua equipa de futebol, a fim de superar as “espectaculares” – não queremos deixar Fucile envergonhado – exibições e consequentes conquistas da equipa de futebol do seu clube na decorrente época.
Não sabemos bem qual o sentido da sua frase mas a nossa surpresa inicial prende-se apenas com o facto de uma organização sacralizada por todos os “entendidos” e avençados da cúria “papal” precisar de copiar algo a ela externo e, para cúmulo, do seu erigido inimigo de estimação.
Tão grande blasfémia até pode “premiar” o desavergonhado chefe com uma excomunhão do reino, valendo-lhe talvez a senilidade intelectual do “papa” para a esconjurar!
Seja como for, a menos que o chefe dos comerciantes não saiba fazer contas – coisa abominável no domínio da competência que tamanho mester requer – o FC Porto já investiu em grandura de euros não menos que o Benfica. Mas eu dou uma ajuda ao chefe dos comerciantes.
Belushi …………… 5, 0 milhões apenas por 50% do passe;
Prediguer ………… 4,2 milhões;
Álvaro Pereita …… 4,5 milhões apenas por 80% do passe;
Tomas Costa …….. 4,0 milhões de euros;
Ruben Micael (mais conhecido por “chorona”) … 2,5 milhões por apenas 50% do passe;
Mais uns “trocados” em Falcão, Valeri, Bolati, Miguel Lopes e outros, dá um total de quase 35 milhões de euros.
Posto isto, onde é que está a diferença?
Esta é possivelmente a melhor entrada para o segundo sentido da expressão do comerciante chefe. Investir à Benfica não significa tanto investir em jogadores analfabetos que necessitam, em regra, de cinco minutos para borratarem aquilo a que chamam de assinatura própria, mas sim investir em jogadores de qualidade, em sábios, artistas e artífices do futebol.
Mas aqui temos de novo o Senhor Dr. Rui Moreira em “palpos de aranha” com o seu reino e as excomungatórias pragas “papais”. Como é possível que o reino da ordem, da sabedoria, da excelsitude gestionária tenha, no fim de contas, de imitar uma administração que, na óptica dos comendatícios e avençados do regime, era uma administração desgraçada, estéril e suicida?

4º O “reaccionário” do reino dos “viscondes”

Numa primeira abordagem da questão, não deixa de ser absurdo, paradoxal e obtuso que um gestor supremo de um clube subserviente e que rasteja o favor de umas migalhas de um reino agora na penúria como ele, venha apregoar seguir uma administração “à porto”, quando os “cardeais”, “arcebispos”, chefes da banda ou meros paus mandados desta administração “à porto” proclamam a imitação de um investir “à Benfica”!
No entretanto, apurando um pouco mais a vista, comprovamos que tal arauto da récita da administração “à porto” actua sempre por reacção.
É saltitão por reacção, é chefe das maracas e dos saiotes folclóricos por reacção, despe o casaco, desabotoa as mangas, arregaça a camisa e cresce de peito feito para os adeptos por reacção, enfim, toda uma reactividade própria de um mero aprendiz de feiticeiro acostumado a andar na babugem.
Que lhe faça bom proveito.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A ORAÇÃO DA OFERENDA DO “SINCA-ZERO”

Homem do sepulcro e mestre das tramóias desportivas que bem sabíeis pedir as lecas necessárias ao bom tratamento dos homens do apito, acudi-me nesta hora em que o crescimento da minha equipa atingiu o seu zénite do esplendor desejado nestas paragens de um Portugal mais vasto do que o bairro de Contumil. É que eu agora, caro mestre, já nem sei que fazer mais a uma equipa que mais não sabe fazer. E, para te confessar toda a verdade, que só assim ganharei azo às tuas sacrossantas prédicas, também já o “papa”, seus “cardeais”, “bispos e arcebispos”, “arciprestes” e “curas”, mais os “santos” e “santinhos”, seus guarda-costas e guarnição miliciana em riste, todos eles, em coro afinado desta vez, também menos sabem o que fazer comigo.
Conto contigo, digno mestre das esconsas vielas da escuridão das “verdades” dos apitos, nestes momentos em que tão azoinado me sinto após aquele topete dos “emiratos”.

Caro mestre, sei que te fizeram promessas que só poderei classificar atiladamente de velhacarias para com a minha desmazelada audácia, por via de tais promitentes nunca comigo terem proseado acerca de tais prometimentos, num tormentoso proscénio da minha arte de treinamento.
Pelo que vedes à causa disso, sabei que não estou nada satisfeito com gente ingrata, perversos velhacos de prometimentos vãos que, pertencendo ora ao nosso império, uns mais do que outros, tampouco se envergonham já de usar meu nome, agora muitas vezes aplicando-o a mim com títulos oprobiosos.
E ao saberdes bem que, embora se esgadunhem na sua assunção de atitudes sábias, de que massa são feitos, não serão eles somente loucos varridos de acordo com as ventanias sopradas do “papa”, assim se tornando uns sopranistas castrados na sua liberdade e acção?

Por via das promessas que te hão feito de forma assaz solenizada pelas abomináveis faces de um “papa” da odiosidade que te julga ainda do seu reino quando tu, excelso mestre, nem nas tuas catacumbas o hás desejado ainda, tais peralvilhos deixaram de assuntar sobre os bacanos dos stwards e o velhaco do jurista chefe da comissão de disciplina, avacalhando-se agora unicamente no meu tormentório.
Pois esses fiéis velhacos do “papa”, menos bem conhecedores do meandroso crescimento nosso, assaz demonstrado na contemporaneidade do “penta” nas nebulosas aragens londrinas, mesmo assim não param de desentranhar rançosos papeis e domesticar quatro ou cinco vocábulos com os quais lançam a bruma sobre nossos entrapados feitos.
E assim vão lançando as poeiras aos olhos da cúria de forma que os de entendimento algum se compadecem do próprio saber e os de mitigado entendimento tanto os admirem quanto a proporção da própria ignorância.

Sabeis bem, desgracioso mestre sem canudo de oferenda dos prometimentos que a eles e não a ti só saciaram, que a minha conduta, rabugenta e rubicunda quanto baste, me tem parecido ainda assim mais modesta do que a que costuma ter a maior parte dos cúrios do reino.
Estes, se julgando de sábios dos maiores do mundo em compras e vendas e outras manigâncias em tempos de treva, os olhos fechados para o Farol que ascendeu da Luz, calcam todo o pudor aos pés e subornam qualquer panegirista adulador ou poetastro tagarela os quais, avençados ao oiro, recitam os elogios que os tempos de agora demonstram ser, afinal, uma ramelosa rede de mentiras.
São pavões a alevantarem as crinas, eles que, com voz de timbre descarado, houveram em tempos por bem comparar-me aos deuses, eu, um homenzinho de nada e do nada apresentado como modelo absoluto de todos os predicados futebolísticos, numa gralha de penas que enfeitaram nas suas.

Todavia, bom mestre das tumbas, não me regateareis, ao menos, algumas virtudes, eu que, nos tempos do ocaso da Luz e só com um subserviente do nosso reino “papal” a fazer de conta, consegui algumas trauliteiras conquistas.
Por isso, se outros as olvidaram na pusilanimidade das suas emplumadas penas de ronceiros com roncaduras comprados a pipetas de oiro e de “fruta”, mesmo e até por isso, em tempos modernaços de um novo “sincazero”, não me xingareis que faça a mim próprio o panegírico que ouso merecer, que ele, sendo verdade que talvez não seja oportuno, não é estudado ainda e, assim tão sincero como o novo “sincazero” que se sucedeu a tão intempestivo e azarado despacho de Alvalade.
Não vos falo por ostentação ou mesmo engenho como vos fez aquele tão baço quanto raivoso orador dos prometimentos do “penta” que só eu consegui sem to prometer.
Falo-vos porque gosto de falar sobre coisas que me interessam e são da minha área de entendimento e, com vários resmungos, diga o que me vem à tona. Não com as bacoquices de um promitente que, por se julgar “papa”, vos promete uma visão sem reparar que morais no aconchego das mortalhas e sem vos oferecer o preciso canudo com que possais espreitar, não o “penta” dele, o a vós prometido, mas o meu “penta” adornado do “sincazero”, agora em terras de Sua Majestade.

Bem sabeis que é assim, mestre engenheiro dos roubos de igreja na paróquia do “papa”. Por isso, se há ou houve alguém que não tu, que se tenha desastradamente iludido com a minha sapiência e homem das luzes do treinamento futebolístico, teria bastado e bastará que me olhe de frente para logo me conhecer a fundo sem necessário ser eu servir-me de palavras.
Não sou um simulador e eis que me arrelio tanto com as simulações e os atrevimentos de as assacarem aos meus pupilos da sorte. Os que ousarem o contrário, não serão eles mais do que macacos trapolas e burros vestidos com calças esfarripadas.

Por conseguinte, mestre também meu desde que aqui entrei, neste igualmente teu reino ido que conspurcaste com as tuas prédicas sobre a implantação da aldrabice futeboleira, aceita de bom grado esta minha pequena arenga como um presente de um bom amigo e coloca-a sob teu patrocínio sepulcral como coisa sagrada. Tende em conta que a arte que neste reino aprendemos é mais tua do que minha.
E, por fim, tende bem em conta que, longe de meus e de outros prometimentos quimeriosos, te apresento oferendas do concreto, coisas que não precisam de canudo, que eu as vivi com a santidade do nosso “papa” naquele reino de luz que dá por nome de “emiratos” e fica nas terras de Sua Majestade. As minhas ofertações não são quimeras mas reais.
O meu “penta” é um idolatrado e fulgurante “sincazero” que adorarás nessas tuas sepulcrais mansões! E podeis, finalmente, descansar na paz que todos os mortos devem gozar sem restrições, desde que não ouseis dar vez alguma mais ouvidos aos prometimentos de um “papa” envergonhado com o nosso “penta” e de tal modo medroso que nem a sua bênção paroquial nos protegeu na nossa chegado ao cantinho das trevas do seu reino.

terça-feira, 9 de março de 2010

A “DESBUNDA” DO PROFESSOR JESUALDO

No reino do dragão instalou-se definitivamente a desordem, a desordem na ordem que os avençados tanto santificaram. É o seu “papa” que promete a mortos o título sem, primeiro, lhe oferecer um canudo! É o professor Jesualdo, seu treinador, a queixar-se de fadiga quando há jogadores da sua equipa a dizerem que estão refastelados no sofá a verem até aos fins o “filme” do título, que deixar de o ver a meio não é para eles!

Não é que não goste de confusões no reino do dragão, que até gosto … e muito! Mas não podem levar-me a mal que me “admire”, tanto mais que os avençados das lavagens aos cérebros se têm esmerado nas lavagens mas não, ao que parece, nas limpezas dos cérebros.
Falo dos cérebros da casa, obviamente, que o resto é mera publicidade do seu serviço, tipo oração ao “papa” para ser bem por ele encomendado nas suas prédicas à Divina Previdência.
Vale a pena, de resto, rever um pouco as coordenadas do fenómeno, quanto mais não seja por mera diversão.

Aqui há cerca de um ano, o professor Jesualdo queixou-se da “desbunda” que grassava no futebol português. Confesso que, numa primeira análise após deparar com o termo, fiquei confuso também. A palavra não consta do meu dicionário e assaltou-me a dúvida sobre o seu sentido significante. Quereria ela dizer descalabro, desordem e confusão no reino do dragão?
Se assim for, terei de dar algum mérito ao professor Jesualdo pela sua arte profética. De facto, profeta ou só adivinho, conseguiu de todo o modo recitar um oráculo que previu antecipadamente o actual estado no reino do dragão.
Mas o professor Jesualdo não é imune ao estado da “desbunda”. Bem por essa altura, o professor Jesualdo dizia frente às câmaras da tv estas singelas e elucidativas palavras:

« … o árbitro foi permissivo ... há um penalty sobre o Lisandro que não foi marcado e tivemos oportunidade de ver no outro jogo que hoje envolveu um candidato ao título, que as coisas funcionaram ao contrário» …

Num estádio mais avançado do campeonato passado, o professor Jesualdo fazia questão de colocar a sua “coerência” em ordem – e não em “desordem”, como seria suposto – e presentear-nos com mais estas sentenças, em resposta à pergunta sobre a actuação de Pedro Proença no FC Porto-Benfica de então e mais concretamente sobre o penalti simulado por Lisandro:

« … Esse é um assunto de que não falo mesmo, para mim não é tema de conversa. Por que não? Porque não é da minha área» …

Nós até já sabíamos que não foi na área dele mas na do Benfica que Lisandro simulou e que o árbitro se foi na onda! ... “Se foi” e não apenas “foi” porque me assalta uma dúvida que mais abaixo explanarei, como é de bom tom.
Bem, voltemos ao escalpelo da “desbunda” do professor Jesualdo …

Posteriormente, no fim do jogo Académica-FC Porto e acerca de uma célebre mão de Raul Meireles com resultado em 0-0, o professor Jesualdo reforçou essa “coerência” e essa “ordem” do dia, respondendo à pertinente pergunta:

«…não comento arbitragens, acho que devíamos estar a discutir futebol em vez de coisas que não contribuem para a dignificação do futebol» …

Para compor o raminho, citamos este ano só os dizeres do professor Jesualdo após o Leixões-FC Porto:

« … sentimo-nos prejudicados e não é só pelo penalti não assinalado sobre o Rúben Micael. Tenho dificuldade em qualificar um jogo da primeira liga com tanto anti-jogo, sem que o árbitro fizesse nada»…

O professor Jesualdo vai pondo a escrita em dia no calcorreio da sua “desbunda”. Fala sobre arbitragens às vezes, outras vezes vai dizendo que não fala porque não é a área dele.
Há, todavia, um mérito que estou inclinado a conceder-lhe. Se bem se lembram, o professor Jesualdo bradou imenso contra a penalização de Lisandro pela simulação no dito jogo FC Porto-Benfica que proporcionou o penalti salvador à sua equipa. É que a coisa foi tão descabelada que me parece que o simulador foi Pedro Proença e não aquele jogador!
Não, não, não tem nada a ver com a apregoada filiação deste árbitro no Benfica para tramar o Benfica! Tem apenas a ver com a encenação “in casu”. Quando o erro é tão grosseiro que todos topam que é erro, o aproveitamento do erro é que traduz a simulação. E quem aproveitou o erro foi Pedro Proença, não o jogador!
Com efeito, até pelo passado deste árbitro nos jogos do Benfica, acredito mais que tenha sido Pedro Proença o simulador, bem se tendo sabido aproveitar da reles encenação de Lisandro. Como se consegue – ou conseguia – ser bem classificado e tacho de internacional?

Embora o estado de fadiga avançado pelo professor Jesualdo não rime lá muito bem com as sestas no sofá a ver o filme do título, também se lhe deve, em todo o caso, dar algum crédito. De facto, dissera ele há alguns meses apenas que o “FC Porto há-de crescer à medida que os seus jogadores crescerem também”… Ora, como o FC Porto tem visto esse crescimento por um canudo – que deve ter pedido emprestado ao seu satélite bracarense – é natural que seja a fadiga a causadora de todos esses males.

Há, porém, outra explicação possível. Efectivamente, tendo em conta a labuta que as suas “toupeiras” têm desenvolvido nos túneis, e o respectivo “crescimento” nas artes marciais, pode ter chegado a hora de “pagamento” de todo esse esforço extra.

Continuo, no entanto, a dar crédito a Helton e à visualização do filme do título bem refastelado no sofá. Ele e os seus comparsas, naturalmente! Já durante o jogo de Alvalade os jogadores “portistas” estavam de poltrona, talvez empenhados mais em pedir canudos aos seus amigos de Braga para continuarem a espreitar o título.
Parece, contudo, que no jogo contra o Olhanense, os amigos de Braga – acho que são piores do que os de Peniche – ainda lhes não haviam dado satisfação ao pedido que eles se encarregaram de tornar ainda mais premente.

Já relativamente a Fucile, as coisas miam mais fino. Antes do jogo Benfica-FC Porto, de Janeiro passado, aquele espectáculo de jogador havia dito, “jogamos de forma espectacular”! …
Teria ele também já pressagiado a sesta no sofá a ver o filme do título, aquela sesta a que Helton se refere?
É bem possível porque outro espectáculo se não tem descortinado! Isto, é claro, sem qualquer menosprezo pelo espectáculo dado pelas ditas “toupeiras” nos túneis!

Não se pense, como é óbvio, que a estadia de poltrona a ver o filme do título é sinónimo de pacatez. Não, de vez em quando há umas disputazitas para ver quem fica com os melhores lugares da plateia! Ou já não se lembram da estalada de Bruno Alves em Tomaz Costa e a “pega” entre Fucile e Raul Meireles?
Já dizer que isto faz parte da desordem, talvez seja um exagero! …

No meio de tanta “desbunda”, vem agora o FC Porto amofinar-se contra uma lei que propôs e fez aprovar, querendo limpá-la do reino das coisas vivas porque parece que o seu papa se dá melhor com os mortos. Por causa disso, já há muitas vozes que se levantam e assinalam a incoerência deste procedimento “modelo”.
A este propósito, só se me oferece dizer que estas vozes são insensatas na sua pretensão. Afinal, a coerência daquele reino de corrupção desportiva revela-se precisamente nestas vielas! O FC Porto não fez aprovar tal lei para lhe ser aplicada! Quem é que é tão insano que queira ver um FC Porto do “papa” respeitador de leis?
O FC Porto não obedece a leis, está sempre fora e se julga acima da lei! E quem “teve” juízo foi a justiça civil do apito dourado! Aplicar a lei a um fora da lei cujo dirigente mor, ainda por cima, recebe bênçãos na AR dita berço da democracia – e das leis – e se senta à direita do maior magistrado da Nação?

Razão têm os avençados para andar sorumbáticos com a sua pena de molho. Não, naquele reino até já nem petróleo há! Depois, os trinta milhões postos a render esta época na compra de jogadores parece que só têm dado juros para alugar o filme do título!
E se querem canudo, até têm de o pedir emprestado aos seus subservientes bracarenses!

segunda-feira, 8 de março de 2010

OXALÁ APROVEITEM

Vivemos uma época paradoxal, em que se levanta um clamor universal a favor da paz, enquanto afloram como cogumelos de Outono guerras por todo o lado. A perplexidade de muitos intelectuais é manifesta pois acreditaram que as raízes da guerra se encontravam no enfrentamento entre blocos e uma vez caídos os muros esperavam uma espécie de “pax romana” ou “pax augusta”que acompanharía o triunfo da democracia e dos Direitos Humanos
Mas o fenónemo da guerra encontra-se arraigado na naturaza humana que parece nao depender das circunstâncias históricas.
Tudo isto a propósito da táctica do Polvo, pois disso se tratou, de criar um permanente estado de guerra contra o BENFICA, mas foi mesmo guerra a sério.
Neste caso também se trataria de conseguir após o aniquilamento, ou pelo menos do total controlo do inimigo vermelho, da pax romana, neste caso traduzida por pax pintista.
Aquando da revelaçao do Apito Dourado, logo, seu pintinho, veio a terreiro bradar aos céus( e às autoridades nao esqueçamos), para que igual processo fosse levantado contra o BENFICA.
Deixou no ar suspeitas e “suspense”, ciente de que as pessoas, inclusive os próprios correlegionários, ainda acreditavam nele.
Por temor, os ditos jornalistas, deram-lhe cobertura.
Mas… a humana inclinaçao para a guerra a busca da paz opoem-se nao tanto como extremos de uma contradiçao, senao como uma tática de sobrevivencia.
Predomina hoje em dia a noçao de um ser humano submetido a uma dialéctica entre guerra e paz, entre destruiçao e produçao entre violência e convivência social.
Análogamente, poderíamos falar de violenta nao-violência, ou de un belicismo pacífista.
O Presidente do BENFICA, e quanto a mim muitissimo bem, traçou como linha de rumo, nao haver referências aos roubos e aos sumaríssimos.
Poucos acreditaram que pelo menos até hoje, isso iria ser seguido à risca.
E mais que diversificar vários aspectos da guerrilla verbal e física lançada por pintinho, apareceu a táctica dos túneis, que logo foi imputada ao BENFICA como nao podia deixar de ser, pintinho e seus esbirros, esbarraram com o muro do discurso calmo, sereno, podemos mesmo dizer que pacifista.
E é este aspecto que quanto a mim está a derrotar verdadeiramente o Polvo: foi-lhe sonegada uma parte importante da sua táctica, que era(e é) a da palabra venenosa, que os média se encarregariam de hiperbolizar em todos os meios da dita comunicaçao social.
Quando um nao quer, dois nao lutam.
Faltando a parte do palavreado resta ao Polvo a outra táctica, a da confrontaçao física e a subsequente vitimizaçao.
Daqui até uma patética vigília, pela verdade desportiva foi o pulo de uma cobra.
A verdade é que recebeu pronta resposta do BENFICA, com a entrada “mais tarde” nas cabinas que a equipa adversária.
Mais um ponto hilariante no anedotário do futebol por essa Europa fora.
Mas o que é certo é que a táctica dos túneis era uma carta na manga da batotice, pois foi o próprio Polvo que fêz aprovar a suspensao de jogador que nos túneis se “passasse.
O azar é que no túnel da Luz as câmaras mostraram quem é quem.
Como o ridículo nao mata, o Polvo veio muito pressurosamente bradar aos ventos, que sempre usou em linguajar cretino, que afinal a lei que ele próprio impôs era…inconstitucional.
Podemos dizer que esta foi a guerra entre a quantidade e o tamanho- quantidade de braços do Polvo, contra o tamanho incomensurável do BENFICA.
E temos que reconhecer que ganhou, e outra coisa nao seria de esperar, ganhou dizia eu, ganou o tamanho e já agora a qualidade.
Nao raro, os jornais desportivos, embora apressadamente para em Maio fazerem parte do tamanho, já nos vêem com capas laudatórias.
Já somos a melhor Equipa, já denotamos pujanza, já somos o Clube innovador, e eu diria mais, já somos o Clube mais imitado em Portugal, mas a distância já é tao grande que nos perdem de vista.
Para quem andou décadas a arrastar-se subserviente ante D.Giorgio e capangas, o estado actual do GLORIOSO, na liderança a todos os níveis, e nao só na classificaçao da Liga, será o grito do Ipiranga, de jornalistas, juizes, autarcas, políticos e toda uma fila de formigas obedientes.
Até isso nos devem.
Depois de décadas a perseguirem o BENFICA, a colaborarem na maior mentira do futebol mundial, que como todos sabem sao os títulos comprados pelo clube da fruta, o GLORIOSO, permite-lhes a reabilitaçao, dá-lhes a oportunidade de serem homens de coluna vertebral directa.
Oxalá aproveitem.

sábado, 6 de março de 2010

O optimismo da penúria desportiva

1. Gosto sempre de ver e ouvir pessoas optimistas. Um mundo de pessimistas seria, com efeito, um mundo lúgubre, sem chama, que a esperança havia sucumbido no meio de um vendaval de renúncia à determinação e conquista que são o “leitmotiv” da vida.
Por isso, conquanto não aprecie o guarda-redes do FC Porto – como não aprecio nada do que vem de tal agremiação desportiva que cultiva o ódio gratuito naquilo que deveria ser, antes de mais, escola de virtudes – compreendo-o. Deixar de lutar pelo campeonato será retirar-lhe mais uma oportunidade de, sempre que as coisas correrem mal à sua equipa, voltar a fazer, com os seus “ilustres” companheiros, mais uma demonstração de artes marciais quando o seu futebol andou na gandaia e o resultado soçobrou nas esperanças de um combate ao desânimo.

Claro que a sua equipa tem todas as possibilidades de conseguir o título. Todas as possibilidades menos aquelas que se desvaneceram nas derrotas de um mau futebol e péssimo comportamento, sem contar que algumas delas talvez se tenham esvaído na ponta dos dedos que até com alguma frequência abriram a porta da capoeira.
Porém, este ano ainda há umas migalhas para ganhar! Se lhes deixarem!


2. Há um vulgar opinador – vulgar nos temas e sua dissertação e vulgar no estilo e conteúdos literários – que, sendo sportinguista, tem nos seus genes o natural e profundo complexo de inferioridade relativamente ao Benfica, acompanhado da também costumada inveja das conquistas alheias.
Compreendo bastante bem o opinador e a dificuldade em aceitar que o seu clube – com toda a sua cagança balofa que, apesar de surrada e esvaziada de dinheiros e conquistas desportivas, lhe vai servindo de mitigação sublimatória – seja desde há alguns anos já o terceiro clube português.
Ora, para suavizar a desgraça da sua afeição clubística, nada melhor do que chamar à colação apenas a história muito recente, aquela que se plasmou na realidade após o último campeonato ganho pelo Benfica. É certo que o opinador pretende falar e apresentar o FC Porto como a deusa inspiradora do seu (fraco) opinar mas é o Benfica que lhe preenche, naturalmente, o seu consciente e mesmo o seu inconsciente. O Benfica joga sempre onde jogam o Sporting e o FC Porto, isso é sabido, mesmo que não esteja lá presente a sua equipa de futebol.
É o tributo de se ser Grande.
Até há pouco tempo atrás, o descaminho dos adeptos sportinguistas nem sequer os cânticos ao Benfica podia proporcionar porque eles primavam pela ausência junto da sua equipa. Mas bastaram dois resultados para fazer esquecer tanta mágoa acumulada e tão pouco futebol jogado para julgarem a barriga cheia de misérias.
Naturalmente, para quem esmola migalhas e a migalhas está só acostumado, já se pode considerar de barriga cheia.

O opinador, diz-nos, tem 40 anos. Nasceu, pois, em 1970, se ele não se esqueceu ou não errou a conta.
Desses 40 anos de vida e mesmo descontando os anos da meninice, certamente que se havia de lembrar de alguma história futebolística. Mas o nosso opinador escolhe a história que lhe convém e tenta apagar, missão inglória, a que lhe é contrária aos seus desígnios.
Não espanta ninguém, por isso, que ele tente esquecer e que outros esqueçam, pela desvalorização dos anos, a história grandiosa do Benfica.
Os Benfiquistas também lhe não pedem mais do que isso nem pouco ou muito se importam com as suas escolhas porque elas serão sempre rafeiras no porte. Mas podem sorrir de complacência perante mais um complexado.

Para que não pareça mal, o “nosso” opinador começa por escolher só os últimos 15 anos de história porque, nesse período, consegue que o seu clube tenha dois campeonatos e o Benfica apenas um. É claro que os 19 anos de jejum e os actuais 8 anos em que o seu clube penou e continua a penar pouco lhe dizem porque ele escolhe a seu bel-prazer o ciclo e as menções históricas que lhe dão mais jeito.
Todavia, quando bem lhe interessa, até se lembra de história mais antiga e fica todo enfatuado com a descoberta! Para compensar a, segundo ele, ajuda do seu clube ao Benfica, na jornada transacta, conseguiu recordar uma vitória do seu clube sobre o Benfica na época de 1985/1986 – há 25 anos, portanto – que ajudou o FC Porto a ser campeão.
Não se lembrou, convenientemente, de mais nenhuma vitória do Benfica, depois ou antes disso! Apesar dos seus possíveis 15 anos na altura do evento rememorado!
Nem toda a gente pode ser virtuosa de entendimento.

Mas o seu mote de glória não podia deixar de ser, como se compreende e depreende facilmente, a recordação das últimas quatro épocas. São quatro anos em que o Sporting conseguiu, num aconchego das ânsias de satisfação plena dos seus adeptos e dirigentes, ganhar o seu campeonato.
O pobre, não necessariamente de bens materiais, diga-se, desconfia sempre de esmola grande e tem sempre grande aprazimento em vitórias de porte rasteiro.
E agora, ufano de ter ganho por três ao clube dominante do seu, fácil foi esquecer-se de que levou cinco do mesmo, ainda não há muito tempo.
E também já esqueceu que, no seu estádio, o seu clube levou quatro do Benfica. Apesar de só terem passado pouco mais de duas semanas!
Por isso, até já promete que agora há que ajudar o Braga, vindo à Luz vencer.

Como disse ao começo, gosto de optimistas, em especial quando eles, depois de umas migalhas que lhes mataram a fome e lhes fizeram esquecer a campanha escanzelada de vitórias, já pensam que conseguem ganhar de novo o seu campeonato. Porque, se o seu campeonato este ano se foi há muito tempo, resta-lhe o campeonato de uma vitória sobre o Benfica para se sentirem felizes.
No fundo, esta cagança do pobre lagarto com tão pouco até serve para desanuviar o ambiente daquela choradeira infinda que inundou Alvalade e ajudou a estragar aquele relvado sem jeito.
Primeiro, num alegreto a solo da carpideira “forever”!
Depois, numa sinfonia desafinada de um coro esverdeado e esvaído na sua penúria desportiva!

Mas, se eles se contentam com o seu esmolar migalheiro, por que havemos nós, Benfiquistas, de deixar de sorrir do ridículo dos esfomeados de vitórias e de norte?

quinta-feira, 4 de março de 2010

O “requiem” e os peditórios dos arautos da “verdade desportiva”

Foi assaz “comovedor” assistir àquilo que designaram por manifestação espontânea e vigília às portas da Liga, aqui há uns dias na cidade do Porto. Uma manifestação convocada por vários meios de comunicação mas, ainda assim, “espontânea”, saída do nada, por “motu próprio”, sem sugestão de quem quer que fosse.
Mais comovente, todavia, foi o intuito da manifestação e esse deve ser gravado a letras, não direi de ouro, mas de latão que até este mal se sentirá em tais achados. De facto, assistir a manifestações pela “verdade desportiva” por parte de quem se encontra condenado por atentados a essa mesma verdade não deixa de ser sintomaticamente instrutivo da plebe que dá corpo a desideratos tão eivados de veracidade quanto de hipocrisia e cinismo.

É nessa luta que um clube impulsionado pelos seus dirigentes de gabarito tal que até falam com a Divina Providência e se acobertam à sombra da Justiça Divina prossegue a sua saga em prol da (sua) “verdade desportiva” de que são arautos e tão sacrossantos fiéis.
O novo passo é, agora, a luta para desfazer a lei que propuseram e aprovaram, a tal lei das suspensões por tempo indeterminado que era óptima e constitucionalmente “verdadeira” – na sua versão de “verdade desportiva” – para apanhar outros na ratoeira armadilhada.
No entanto, quando o rabo de palha é grande, sujeita-se a ficar preso na armadilha que engendrou. Nessa altura, a bem da tal “verdade desportiva”, apela-se aos santos da terra que considerem má aquilo que tais apóstatas tinham por certa e verdadeira, se a outros infligida.

Estamos a falar de gente prenhada de todas as virtudes, gente de bem, de verdade e honorabilidade na vertente desportiva, gente que não nega as manigâncias que as escutas confessam, mas nega o direito de serem ouvidas fora do circulo dos “virtuosos”. Trata-se de gente que já excomungou todos quanto se propuseram investigar os seus andarilhos negociais mas que anda de tribunal em tribunal a contas com uma justiça que, de justiça com tal gente, vai sucumbindo nas rezas sacrílegas do reconforto na sua “Justiça Divina”.
Não espanta esta atribulada peregrinação em gente cujo fervor petitório encontra eco num “papa” de mentira e de “verdade desportiva” tal que, por ela, se encontra condenado. Esse “papa” tem dado o exemplo do que é frequentar os tribunais, não raras vezes na pele de arguido protegido pelos santinhos da justiça civil que, com cafés e leitinho, se convencem de uns aconselhamentos matrimoniais.

Não é o nosso (deles) “papa” o que terá assento agora nos bancos dos réus em tribunal. São os seus fiéis “cardeais” e “arcebispos” que, cantando a mesma missa e rezando os mesmos padre-nossos, aqueles que agora têm direito ao “honorífico” assento. Os seus fieis da corte próxima, dos ofícios “papais” quotidianos e os seus fieis que, em tempos de pedincha, se sentavam no trono civil de uma cidade pagante das tropelias sacrossantas do reino.

Ninguém de nós, eternos e felizardos pagãos de tão “augusto papado”, se pode surpreender com as penúrias do reino “papal” da corrupção desportiva condenada. Trata-se, afinal, de um reino que já nos habituou a vê-lo percorrer os corredores da arguição criminal por várias arenas da insossa justiça civil portuguesa, seja pelo seu “papa”, seus guarda-costas, cardeais, arcebispos e bispos, arciprestes e todos os “dignitários” da cúria.
Afinal, a procissão ainda vai no adro e a justiça civil portuguesa só nos habitua a vê-la passar e recolher com as vestes apenas enferrujadas do “não provado” que o provado é insulso.

Um reino de sacrossantidade tanta não tem dificuldade, em tempos de aflição penuriosa, quanto a igrejas, sés, catedrais – menos a nossa – capelas e capelinhas para, de boné e mitra, carapuço e barrete – que agora tiveram a subida honra de enfiar – estendidos, ir rezando a todos os santinhos a fineza de uma miserenta esmolinha para expiar as agruras de uma angustiada posteridade que a cúria prefaciou em “miserere” adequado à sua “pontifícia” condição de reino “papal”.
Foi um adventício sentimento prefaciado, não uns adivinhamentos que são meios sacrílegos em tantas e virginais purezas.

Faz bem o reino “papal” em antecipar os seus peditórios porque o banco “champions” também parece ter sido levado na enxurrada da crise futebolística de uma equipa mais propícia às artes marciais do que a jogar futebol.
Faz bem o reino “papal” enviar um seu “cardeal” à porta dos “banqueiros”, com a mitra estendida na pedincha da esmola salvífica.
Todavia, se ele regressar com a notícia de que o crédito está difícil porque os banqueiros resolveram subir os spreeds, nem os salmos e as prédicas costumeiras lhes valerão desta vez. Certamente que o “papa” ordenará aos outros que façam novenas, vigílias, cantem salmos, orem à Divina Providência.
Quer-nos parecer, todavia, que, se agora os não atenderem os previdentes cá da terra, nem os das alturas os ouvirão “sacrilejar” que de sacripantas tais já estarão atulhados.

Mas toda a sacrossanta cúria “papal” pode contar sempre com os nossos sorrisos porque o ridículo dá sempre graça, tanta mais quanto ele prolifera nesse reino de “santidade” e virtuosismo da “verdade”.

terça-feira, 2 de março de 2010

OS VENDILHÕES DO TEMPLO DA VERDADE DESPORTIVA

Carta a El-Rei, D. Luís Filipe sobre o estado da sua Armada Imperial e sobre outras questiúnculas…

Poderoso Rei D. Luís Filipe da Grande Pátria Benfiquista, Vós sois grande até nos gestos com que abordais a indecorosa saga dos infiéis do Teu Reino, nesses gestos altivos e soberanos com que desprezas a bruta gente e as suas arruaças de polichinelo.
Dizeis bem, como é de Vossa mercê: “nós, os Benfiquistas, falamos de nós porque somos Grandes, somos uma imensa Pátria sem fronteiras; falamos de nós porque é essa a nossa essência; a bruta gente fala de nós porque reconhece a nossa Grandeza”.

Vós não o dissestes, poderoso Rei da Nação Benfiquista, mas pressentiste-o. A bruta gente fala de nós porque não tem por que falar dela! A bruta gente é apátrida, Insigne Rei, não tem Nação e nem sequer clube de acolhimento, apenas cavernas e túneis.
A bruta gente não é qualquer coisa que não existe no seu imenso lago de obscurantismo. A bruta gente é somente anti Benfica, anti Pátria Benfiquista.
Sobeja-lhe a luta, não na busca da luz mas nas trevas do ódio, da inveja, do cinismo, da hipocrisia.

Se Vós, Augusto Rei da Gloriosa Nação Benfiquista, dissestes ao Reino que tendes a honra de governar, nesse teu egrégio conclave exigido pela imensa superioridade da Tua Nação, que nós, Benfiquistas, falamos de nós, também mui avisadamente acrescentastes que tal desígnio não colide com o ficarmos “menos atentos ou vigilantes em relação a alguns comportamentos que, apesar de absurdos, não são inocentes”.
E nem menos de Ti se esperaria, Nobre Rei, da Tua mui distinta prudência. Por isso, nós outros, Teus súbditos e orgulhosamente combatentes pela nossa amada Pátria que tendes o supremo Dom de Governar, sentimos mais do que um dever, um desmedido aprazimento em Te dar aviso atempado das nossa lutas contra os infiéis.

Augusto Rei, aqueles sem vergonha que, de entre a bruta gente, chefiam manifestações contra a verdade desportiva, camafeus vendilhões do templo da austera e mais genuína verdade das coisas, não se inquietam de alevantar a sua barraca à direita daqueles que comandam bandos de infiéis a arremeter contra lojas e gentes de elevada índole, tanto quanto Teus súbditos forem, para roubar tudo quanto avistam ao alcance dos seus ávidos e esgazeados instintos.
E montam as suas traquitanas a vender por trinta dinheiros aquela “verdade desportiva” tão acalentada pelos seus régulos, de tal modo que a estes houve por bem alguma justiça dos deuses da bola premiar com uma condenação pelas manigâncias com que tão distintamente cuidaram dessa mesma “verdade desportiva”.

Sabeis bem, Poderoso Rei da Insigne Pátria Benfiquista, o quanto são mafiosos estes bufarinheiros da verdade. E sabei-lo, tanto como nós, Teus súbditos de Nação tão Gloriosa, porque o seu caifás filho de caim é o maior traquineiro da hipocrisia. Bem sabeis, Augusto Rei, que ele tenta apoucar, sem o beliscar um pouqinho só, o imenso fervor e a altíssima metamorfose que levou a Tua Armada Imperial às demonstrações do mais estreme e fabuloso bailado da bola, deixando para trás as naves despedaçadas dos bufarinheiros gentios aplebeados mais que plebeus.
E, em sua sina de candongueiro, faz ele berraria e ordena berração à sua bruta gente contra as arbitragens que, dando-lhes encosto escorreito, nem assim lhes valeram, mirando-as na vesguice dos seus esgazeados olhares ao espelho da Tua Armada que só aos seus dons de virtuosismo, ao Céu sublime ascendida ainda pelo imenso cortejo dos Teus humildes mas fervorosos súbditos, deve a sua ascensão Gloriosa.

Poderoso Rei, sabei que aquela bruta e infiel besta, régulo mor dos vendilhões da verdade desportiva, grunhia em gestos e pateava em sinais, que não era “expert” em arbitragem e considerava que a arbitragem portuguesa era melhor do que a arbitragem em muitos países de primeiro plano do futebol europeu!
E clamava, vede, contra as pessoas que não sabiam nada de futebol e que, semanalmente nos programas televisivos da bola – que os Teus súbditos, aliás, bem desprezam por estarem infectados de bruta gente – passavam mais de 80% do tempo a discutir arbitragem e que tal retirava serenidade aos “homens do apito”!

Estultícia insana deste Teu súbdito seria ele cogitar sequer nos confins da sua mente que Vós, Augusto Rei, não sabíeis o que mudou na bruta gente. Vós, que bem sabeis que aquela insciente gente era e é totalmente gente bruta do reino do mal! Bem sabeis que ele se dirigia aos seus vendilhões da verdade desportiva que fazem vigílias ao reino das trevas, da ignomínia e da hipocrisia. Bem sabeis que ele assim se bufarinhava contra o vendilhão da verdade histórica, um tal Tavares, que de vez em quando põe o seu régulo chefe como um bruto pacóvio e provinciano, sempre acompanhado de gente pequenina.

E Tavares até tem razão, como bem sabeis, Poderoso Rei. Conheceis o guarda Abel da sua milícia. Conheceis o seu chauffeur, um bruto ímpio co-arguido criminalmente com o seu régulo mor e atropelador encartado de fotógrafos bisbilhoteiros. Conheceis o seu guarda-costas, o tal “pidá”, ímpio gentio das maiores “virtudes” que o levaram à choldra por anos largos.
Soubestes à pouco que a “Judite” coscuvilhou as contas do reino gentio e bruto, parece que por causa de gente dada com o tal régulo mor dos vendilhões, tudo gente de finuras tais que nem a justiça dos embotados deseja justiçar.

Como bem vedes e bem sabeis, Poderoso e Augusto Rei da Insigne Pátria Benfiquista, temos à nossa volta bufarinheiros de banha da cobra da sua “verdade desportiva” a fazer velórios bem dignos da sua ímpia gente na escuridão, que, como bem o dizeis, eles o sol da verdade e da honra até contestam!

Com Vossa Mercê

Pero Vaz de Caminha