terça-feira, 27 de abril de 2010

Os cómicos do ridículo, as “verdades desportivas” e as nojices de “o nojo”

Zé Quintela tenta ser um cómico engraçado sem ter a mínima noção do que é a graça. Talvez complexado pela sombra cómica que o assombra com graça, de Ricardo Araújo Pereira. Com certeza na imensidão do seu mui sentido complexo de inferioridade clubística, ao que parece, na onda de todo o sportinguista que se preze e de cujos dirigentes sofreram contágio.
Por isso, Zé Quintela bem se esforça por ser cómico e mais se esgadunha por ser crítico na comicidade, sem perceber que a sua comicidade se encontra severamente instalada nas suas malfadadas e baldadas tentativas de graça.
E, assim, o mais que consegue é cair no ridículo alarve com que avara e inutilmente se esforça para sublimar os imensos desgostos desportivos que um clube tão submisso do regime e falho de identidade própria e de conquistas naturalmente lhe acarreta.
Todavia, temos de convir que, perante um presidente – que talvez tenha ajudado a eleger – que considera ser normal para o Sporting a conquista do segundo lugar do campeonato, não se pode esperar muito mais em termos de dotes de quem é falho de imaginação, de jeito e de predicados meritórios imanentes e congénitos.

O Senhor professor Jesualdo mostra-se também um digno servidor de dotes do ridículo. Dotes que, lá pelas bandas em que se instalou, parecem ter sobressaído de forma surpreendentemente espontânea.
Falamos, é claro, na nos últimos tempos muito badalada “verdade desportiva” que dança ao som de cantatas solenes revestidas de conferências de imprensa, manifestações e profissões de fé e arrependimento.
Se todos não conhecêssemos de cor aquela “verdade desportiva” que tão “entranhadamente” foi sendo prosseguida naquele reino de fervor batoteiro, perdão, de verdadeira profissão de fé em tamanhas orações e devoções de “eticidade” desportiva, ao longo de quase 30 anos, haveríamos de pensar que o professor Jesualdo se haveria tornado no monge superior, emérito confessor do cabido de tão extremosos professos da verdade.
Sabe-se que Portugal foi assaltado pelo relativismo ético dominante, em que “papas” da mentira e da batota desportiva, apesar de condenados, continuam no seu estilo simplório e provinciano a negar as evidências. Esse relativismo é, no entanto, muito mais assinalado por toda uma plêiade de falsos fariseus que não desistem de pregar o seu “evangelho” da vergonha e da falsidade ética dos valores da verdade.
Ainda para mais, bem acompanhados de tribunais e juízes que, numa abjuratória confissão da sua nobre missão, desistem de encontrar a verdade do caso concreto.
De facto, tais juízes tornaram-se burocratas das leis, agarram-se à sua letra, esquecendo o seu espírito e a sua razão. Por desleixo, se não quisermos pensar que por convicção, perseguem o “despacho” na sombra, dizem, da tecnicidade da lei, baldando-se da sua eticidade e do dever que emerge da Justiça de fazer Justiça.
Fica bem assim a um reino de batotice consumada arregimentar todos os seus apóstolos, caifazes, cains, fariseus e meros avençados lambe-botas, pregarem o seu “evangelho” da sua “verdade desportiva” de modo a ressuscitarem o seu “papa” da mentira condenado precisamente por ter corrompido, ou tentado na opinião dos contempladores da imundice, a real verdade desportiva.

De “verdades” e se tivermos em conta os junta-letras de “o jogo”, também estamos bem cheios. De facto, dá gosto vê-los comprazerem-se na nojice das suas falsidades, tentando valer-se da tradicional memória curta das gentes, esquecendo que ela nem sempre é tão curta quanto tais nojentos noticiadores pretenderiam.
De facto, que dizer mais de um junta-letras que, acerca dos acontecimentos tristes que se passaram no túnel da Luz, por obra e graça exclusiva de selvagens a que os defensores da eticidade vergonhosamente relativa e a fazer o pino apelidam de “bons chefes de família”, vem dizer, de um modo o mais nojento possível, que esses acontecimentos selvagens se consubstanciaram em incidentes entre os jogadores das duas equipas em confronto?
Onde é que alguém viu os jogadores do Benfica no meio do bacanal de selvajaria protagonizado pelos jogadores do FC Porto?
Nem a léguas, recatados que estavam todos eles nos seus domínios de paz e de sanidade mental, a resguardo da insanidade que, nos arredores, fazia arraial de selvajaria.
E, diga-se por amor à verdade, nunca nenhum dos muitos branqueadores da porcaria ousou vez alguma tamanha aleivosia, igual ou semelhante ao agora junta-letras de “o jogo” que ele ainda mais enojou!
Muitíssimos já apelidam o jornal “o jogo” de “o nojo”. Por isso, a saída de uma notícia nojenta só é confirmadora de que a fama se juntou ao proveito.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Campeoes Europeus em Futsal.

Pela primeira vez na historia um clube e campeao europeu de futebol de 11 e campeao europeu de futsal.
Mais uma vez estamos todos de parabens.Obrigado rapazes pois sinto que rejuvenesci :)


SLB4EVER Rumo****

sábado, 24 de abril de 2010

Cega ou zarolha?

Quem inventou aquela espécie de axioma segundo o qual a Justiça é cega, ou não conhecia a justiça portuguesa ou então não estava bom da cabeça. De facto, nunca em Portugal a justiça pareceu que fosse muito cega, sendo certo que também menos pareceu que visse alguma coisa de jeito.
Em Portugal, a justiça se tem encarregado de demonstrar quanto é zarolha, quanto direcciona a sua vesguice já sobejamente endémica para os interesses que, sendo seus, nunca foram os interesses da Justiça.
E já não temos de lamentar-nos só da dita justiça desportiva que nunca convenceu ninguém da sua justiça porque nunca ousou Justiça.

Em Portugal, a justiça da corrupção hoje tão em voga sempre se reverenciou perante a corrupção como típico crime de colarinho branco que ela nunca manifestou grande preocupação em sujar. Lá os colarinhos “sujos”, da ralé – para a senhora justiça portuguesa, naturalmente – os pilhas galinhas … bem, como eles já estão sujos da falta de posses para os engomar, é só dar um empurrãozito…

E temos aí o caso mais recente dos 200 contos oferecidos ao senhor vereador. Os senhores Desembargadores da Relação dão por certa a oferenda e a sua rejeição, não questionam o conceito de funcionário como veste do senhor vereador mas retiram-lhe os poderes de influenciar a decisão, por acção ou omissão, pretendida pela autor da oferenda.
Por que é que o senhor vereador não ficou com os 200 contos? Afinal, o senhor ofertante apenas queria ofertar, benemérito, o seu presente!...

Passemos mais uma vista de olhos ainda sobre a justiça penal, mais propriamente o processo “apito dourado”, e detenhamo-nos um pouco sobre as conclusões da justiça acerca da reunião “prazenteira” entre o senhor presidente do FC Porto e o árbitro que, daí a dois dias, ia apitar um jogo do seu clube.
É claro que a justiça portuguesa ainda então não foi cega! Ela viu o aprazimento de uma reunião, a “inocência dos inocentes” à mesa do café e da amena cavaqueira, as oferendas de um bom conselho familiar para as diabruras das “facadas no matrimónio” do “desvairado” progenitor do árbitro, que melhor do que ninguém para isso está habilitado aquele que quase toda a sua vida se tem multiplicado em acompanhamentos femininos, nem que seja para dar uns bons sopapos naquelas, mesmos esposas legítimas, que lhe ousem questionar os gostos das incessantes transições.
Claro que essa justiça já não viu, nem podia ver dado o seu estrábico direccionamento visual, o envelope que, embora tão pouco recheado na opinião do juiz Mortágua, fora oferecido em prémio desta aprazível companhia.

Nos domínios da chamada justiça desportiva do futebol, então temos não módicos exemplos da sua (in)justiça ao mais alto nível, praticada pelo fátuo e indecorosamente chamado Conselho de Justiça. E nem precisamos de nos determos sobre a forma como certos julgadores dessa mesma justiça tentam calar e até expulsar da liça aqueles que lhes apoquentem o seu fazimento da justiça.
Vejamos só alguns exemplos recentes, por ordem cronológica.

Quem foi que viu os adeptos do Benfica carregar pedras para um lugar onde pedras abundavam?
Ninguém, apenas as senhoras e os senhores do CJ! Quem guardava esses adeptos, estava junto a eles, era presente no seu raio de visão, não viu! Viu que era quem já lá estava há muito tempo, lá no lugar das pedras, os adeptos do Sporting que, de pedras bem aviados, pedras lançaram. E se com pedras foram rechaçados, foi com as pedras que eles arremeteram.

Aqui há uns tempos, Rogério Alves, presidente da assembleia-geral do Sporting, invectivou na imprensa a nomeação do árbitro Augusto Duarte para o Porto-Sporting, da Liga.
A Comissão Disciplinar condenou-o, ele recorreu para o tal conselho de justiça. O conselho de justiça apenas lhe diminuiu a pena, não sem se coibir de o censurar e lhe relembrar que estava, enquanto cumpria pena, restringido nos seus direitos, esclarecendo-o de que “não podia dar entrevistas ou fazer outras intervenções ou manifestações do género na comunicação social, em especial por ocasião de actos ou eventos do seu clube ou da respectiva sociedade desportiva”.

Pinto da Costa foi condenado por duas vezes a cumprir pena extra, uma vez que estava a cumprir pena e não observara as restrições que o “douto” conselho de justiça tão “afanosa e bondosamente” fez questão de relembrar a Rogério Alves.
Duas vezes recorreu Pinto da Costa para o conselho de justiça. Duas vezes este justiceiro conselho lhe deu razão, fazendo questão de sublinhar que não se podia impor a “lei da rolha”.

Rogério Alves tem azar e responsabilidades. Pertence a um clube submisso e a justiça do conselho de justiça não é cega. Vê bem quem é o dono, o amo e senhor, e quem são os subservientes.
E só a estes é que serve a dita “lei da rolha”, naturalmente. Um subserviente deve comer e calar e não era agora a justiça deste conselho de justiça que se dispunha a fazer de cega só para contentar os que teimam em afirmar que a Justiça é cega.

Mas significa isto que a justiça do conselho de justiça não seja cega … para o que lhe convém e quando lhe convém?
Estão muito enganados os que ousem pensar diferente!

Há cerca de 15 meses, o senhor major e presidente actual da assembleia geral da Liga disse o que quis, difamando a comissão disciplinar e, em especial, o seu presidente.
A comissão disciplinar e o seu presidente queixaram-se ao órgão de justiça hierarquicamente superior.
Pois bem, o estrábico conselho de justiça “não viu” nada ainda sobre esta queixa, mostrou ser cegueta até ao tutano!
E a queixa lá está a apodrecer, à espera da sua prescrição, se é que não prescreveu já!

Por tudo isto, a Justiça até pode ser cega mas que lhe não imponham o “sacrifício” de pretender ser cega nas lides portugueses, que ela aqui quer estar bem desperta para bem distinguir as suas conveniências.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os clubes do nada...

De vez em quando e até com alguma insistência há uns certos “cafajestes” que se fartam de respingar acerca do que eles chamam a desgraça e a falência dos clubes portugueses e do futebol português em geral. Ele é “falência técnica” para aqui, “falência técnica” para ali, “os clubes estão de rastos”, “salários por pagar”, “dívidas ao fisco metidas na gaveta”, “sem dinheiro”, “sem nada”.
Tanto tem sido o azucrinar dos lamentos aos nossos ouvidos que até já nos convencemos da verdade dos respingos acerca do nada.

Mas não há nada como os factos, as realidades, os fenómenos! Perante eles, afinal são os camafeus da penúria os únicos que têm a cabeça cheia de nada, que os clubes, esse dizem e até demonstram que a sua bolsa nada em dinheiro.
Senão, vejamos.


O Sporting de Braga é o primeiro clube “endinheirado” que, por exemplo, sem praticamente nada de jogadores seus, sem estádio e outros nadas, nada em dinheiro tanto que faz questão de encher o estádio sem que os pagantes paguem nada.
E depois, contrariando o nada, sempre nada em dinheiro tanto, mais uma vez contrariando o nada, e leva os simpatizantes que não pagam nada, nem autocarro nem entrada, nada!
E prepara-se agora para fazer o mesmo na sua visita à Figueira da Foz! Mais nada!
É verdade que ele não tem estádio nem nada mas paga nada pelo estádio que lhe emprestam a custo de nada!

Agora é o Leixões a anunciar que os adeptos pagam nada no jogo contra o organismo autónomo de futebol de Coimbra porque querem que tais adeptos ajudem no tudo ou nada da subida ou da descida.
Mais um clube que nada com os cofres cheios de nada e que não leva nada ao jogo do tudo ou nada.
É certo que clubes destes são clubes do nada, em espectadores em que o nada só deixa de ser nada com o abono anual de família conhecido que, perante tanta penúria em domínios do nada, pouco mais chega do que a nada.

A nadar com os bolsos cheios de nada anda também o organismo autónomo de futebol de Coimbra. Jogadores, nada deste organismo, espectadores habituais aos jogos, pouco mais que nada!
Mas este organismo autónomo de futebol parece que nada. E tanto nada que se recusa a vender bilhetes que podem aliviar um pouco o seu habitual nada, anunciando que bilhetes se foram, de bilhetes já não há nada, quando há 7 mil bilhetes colocados a preços tanto acima do nada que o resultado foi o nada para os cofres do organismo autónomo que parece que nada.
Quem conhece, todavia, as vizinhanças deste nada, sabe que agora o organismo autónomo de futebol de Coimbra pode estar sempre acima do nada. Construíram um açude bem perto deste clube do nada, e fizeram do Basófias por apresentar de águas quase nada um excelente local de águas muito acima do nada!
Por isso, o organismo autónomo de futebol de Coimbra agora já nada nas águas do Mondego, que de dinheiro também anda bem pertinho do nada, por muito que se esforce por parecer que nada em dinheiro!

Curiosas são as observações do nosso conhecido Rui Santos, que sabemos ter muitas ideias que são muito uma mão cheia de nada, vir tecer considerações sobre o nada do clube do nada, nem de diferenças, nem de viscondes, nem de dinheiro, nem de siso futebolístico, nada!
Desta vez, fala muito do nada. Não entende nada sobre a venda por pouco mais de nada dos activos financeiros, não entende nada que o clube do nada contrate um treinador que nada sabe dos grandes e que no domínio internacional está igualmente no nada, não entende que o clube do nada, num momento tão cheio de nada, nem adeptos nem nada, dê 600 mil pilecas por um treinador do nada, não entende que o clube do nada contrate um jogador que vale nada, vale 6,5 milhões para jogar nada e se envie de férias a pagar nada.
Em suma, Rui Santos do clube do nada não entende nada mas ele de entendimentos também pouco mais entende que nada!
Se entendesse algo acima do nada, saberia que as suas alianças submissas é que o remeteram ao nada, conquanto ele já estivesse antes praticamente no nada.


Seja como for, que mais nenhum rezingão da imprensa venha arengar que os clubes estão falidos e estão no nada!
Que digam lhes parecer que eles de dinheiro, nada!
Porque a grande maioria deles bem faz parecer que, afinal, nada em dinheiro!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

As Graças Nossas de Jesus e as Desgraças dos Profetas da Desgraça

Caríssimos leitores e comentadores, que essa graça tendes em vossa magnanimidade e que magnânimos sois com vossa presença, ainda que só na graça do silêncio recatado.
Tendes notado por certo uma escassez de prosa neste cantinho de vivo e palpitante vermelho, uma escassez de prosa em tempos de tanta abundância de graças e glórias e prazeres sublimes da nossa mística familiar cheia de graça.
Tomai nota, porém, que tanto sossego se compraz com sossego tanto que reina agora lá pelas bandas dos necrófagos profetas da desgraça, vencidos e todavia convencidos da desgraça das suas previsões de desgraça!
Vencidos à força dos factos da desgraça das desgraças dos seus adivinhamentos da desgraça!
E a contragosto rendidos à graça da imensa graça de Jesus e de seus agraciados apóstolos!
Estes apóstolos e seu Messias são na sua graça artífices sublimes da graça da Águia Altaneira que na sua imensa graciosidade nos concede a graça do seu voo imperial que de graça enche milhões de corações palpitantes, enrouquecidos nas graças com que dão graças a Jesus e a seus agraciados apóstolos!

Vedes então, nobres leitores e comentadores da mui nobre e ilustre família Benfiquista, no seio do genuíno Povo d’aquém e d’além mar gerada e por imensa graça criada, robustecida e engrandecida, que, além das graças que já são tamanhas e tantas que abafaram as desgraças dos oráculos das desgraças de adivinhos desgraçados, pouco mais há a comentar de nota que de nota sempre seria infinitamente inferior à nota da nossa graça por com tanta graça termos, nós Benfiquistas, sido contemplados nesta família Benfiquista que, de graça sendo o seu natural estado, mais graça infinita vai vivendo na graça dos nossos dias.


Dizer que há um senil embrutecido de intelecto que até nega o sol mais como deficiência em perceber que é o belo sol do que por consciência do dislate que o alimenta, nem é graça mas a desgraça da ostentação do ridículo.
Por que não há-de um senil de intelecto barafustar contra um seu modo de vida inteira em vivência nas desgraças dos adversários que a sua vivência nos túneis, das antas primeiro e seu sucedâneo dragão, lhe proporcionaram em transes de batotices contra a verdade desportiva?
Em túneis se encontra domesticado o seu pobre intelecto e que ninguém ouse apoquentá-lo, que de sol ou de chuva pode ele duvidar ainda que sol ou chuva abrasem e inundem, mas de túneis nunca se atraiçoa, ou não se tivesse ele arrastado na lama que se lá junta ou lá coloca, disso se incumbindo, por incumbência, um guarda Abel, um pidá e até um Cerqueira da comunicação.

E vós, que vistes no glorioso túnel da Luz?
Uns raivosos condiscípulos desgraçados no intelecto das desgraças das batotices desportivas a arremeterem contra taipais, bandarilhas, muletas e todo o material que a vermelho ousasse graça.
Os intelectos de graça cheios presenciaram agressões, estocadas, arremetidas e patadas.
O intelecto da senilidade endémica lobrigou “bons chefes” ... das bestas, ou bestas chefes, que a coisa, por graça de quem tem graça, não ficou esclarecida.
Depois, só a senilidade inconsciente da desgraça que nele julga graça barafusta contra a arremetida para os curros das bestas da desgraça, aqueles curros que o desgraçado senil de intelecto engendrou e levou em urros à aprovação que julgou graça enquanto a desgraça, para nós graça, não prendeu lá as bestas da sua graça tornada em sua desgraça, aliás, para bem da nossa graça, da graça de intelectos cheios de graça, da graça do siso que, por graça a nós e desgraça a ele, se foi há muito da sua moleirinha sem graça.


Queríeis também, não por certo, que os pajens da submissão mais proporcionassem interesse de graça que a graça merecesse de uma citação?
Nem tanto! Inebriados tantos anos na submissão da desgraça de ficarem à frente do Glorioso cheio de graça, que graça plena é para eles tão pouca graça, agora apenas lhe deu para as graças de orarem a inovação de uma gerência “a porto”.
Uma “inovação” na fidelidade canina de uma imitação, conquanto pareçam tonterias de afirmação são para os tais imensa graça que eles não consciencializam o que é a desgraça degenerativa de um viscondado caído em desgraça e em graça ainda se julgando.


E aqui tendes, ilustres leitores e comentadores, a sobriedade da minha prosa em comunhão com a magreza do assunto e o fenecimento das desgraças dos profetas das desgraças que num reversivo andor se plasmaram em desgraças dos profetas!
E não queríeis todavia que eles predissessem em euforia as graças das graças com que Jesus respondeu às suas desgraças e a nós nos encheu de graças!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os profetas das desgraças e as desgraças dos profetas, mais os pequeninos mostrengos ...

Certamente que, depois daquela estrondosa vitória sobre quem tão submisso é e que já há muito vendeu a alma ao diabo e se recusa a resgatá-la, uma pessoa só pode divertir-se ao recordar alguns ditos dos “ditos”. É para desanuviar a alma depois de tanta ansiedade e para dar largas à imensa alegria que nos vai nessa alma, agora e sempre alimentada pela Gloriosa Chama Imensa.
Para mim e para os da minha geração, é um saudoso mas maravilhoso regresso ao passado glorioso do nosso Glorioso. E as saudades são mais que muitas, bem mais em nossas vidas que viveram todos aqueles anos de imensa glória.
Vamos então ao desfile do divertimento.

Pós Liverpol, conquanto coração apertado de ansiedade pelo embate frente à gente submissa que, restejante embora, se julga formiga com catarro, deu-me algum prazer e divertimento que foi amenizando as ânsias incontidas neste coração vermelho, vermelho.
Devo esclarecer que a ansiedade nada teve a ver, nem com o embate de Liverpol, nem com o resultado, nem menos com a capacidade, competência e querer dos nossos bravos para despacharem, como despacharam, os submissos que rastejam nos ditos, nos gatafunhos e nas acções. Tinha a ver com o ultrapassar de mais uma etapa – nem lhe chamo obstáculo porque tais fedúncios submissos nem nunca foram obstáculo para o Glorioso – rumo à muito esplendorosa e desejada vitória final!
Liverpol foi para despachar a carga que se estava a tornar demasiada para os nossos bravos nesta ponta final do objectivo primordial do nosso querer mais profundo.

Os agoirentos das desgraças apareceram precisamente para divertir os Benfiquistas e unir ainda mais o Benfiquismo professado por eles, trazendo uma boa ajuda ao “desopilar” das ânsias incontidas e sofredoras que vagueiam nos nossos corações nas horas infindas de espera, no pré confronto demonstrativo de toda a classe dos nossos heróis.
Foi, de facto, gratificante em certa medida ouvir, ver e ler os agoirentos e pressagiadores das desgraças porque nós, Benfiquistas, somos uma enorme família de fé em Jesus e seus apóstolos e as desgraças profetizadas são apenas o reflexo dos ruminares raivosos da inveja dos infiéis da nossa religião sagrada cujo símbolo é a Águia Altaneira e Rainha dos Céus e da Terra, onde, em voos majestosos e altivos – só próprios das Rainhas – nos visita para fazer imperar o seu Grandioso Império sobre os infiéis que nos circundam.

Mas há mais nacos de prosa falada e escrita que nos tornam bem dispostos porque eles mais não são do que as emanações do rastejar das almas penadas que nem são Cristo, nem Alá ou Buda, mas apenas uns anti-Cristos párias e apátridas de religião e de fervor clubístico.

Disse-se e escreveu-se que um desses párias travestidos de jogador mas que, na realidade, mais adestrado está no marrar, socar e pontapear – a besta só marra e escouceia, ou tenta marrar e escoucear, porque são as únicas armas de que as progenitoras os dotaram – urrara não conhecer Luís Filipe Vieira mas apenas Pinto da Costa, o seu “papa” das mentiras e das batotices desportivas.

Que grande admiração! As bestas só conhecem o dono que lhes dá de comer e dois pontapés ou três no traseiro!
E algumas nem isso!
Que ponham tais prosas na boca da besta, não causa admiração! Admiração nos causam esses carteiros das bacoquices, ao prestarem-se a julgar notícia um mero urro de besta. Ou esses carteiros são carteiros de coisa nenhuma, sem prejuízo da avença própria, ou estão mais aparelhados com o urro da besta do que com pensares de pessoa humana.
É preciso não esquecer, de facto, que a ofensa a Luís Filipe Vieira adviria mas de um hipotético conhecimento. Que se saiba, uma pessoa de Bem, pessoa Pessoa, não dá guarida, treino ou sustento a bestas.
Por isso, elas nem vêm, nem essas Pessoas querem que venham, às lambeduras da mão

Outro prosador de coisa pouca até porque o seu clube pouca coisa lhe dá para prosar – coisa de algum mérito, sublinhe-se – foi o senhor Ernesto. Escreveu ele a certa altura da sua prosa tão aguada que lá pelos lados de Alvalade havia túneis pacíficos...
Safa, que o digam as fúcias de Liedson!
Por aquelas bandas podem ser pacíficos os que as visitam – desde que, alguns deles, não sejam estocados na arena e incentivados com a bandeira vermelha, que aí há marrada pela certa – mas os de lá de dentro ... ao murro uns aos outros!...
Bem, o presidente de tais túneis, é verdade, nem de túneis precisou para despir o casaco, arregaçar as mangas ... e crescer para a estocada! Nem teve medo do ferro que o adepto pudesse aparelhar!...

O prosador menino birrento a quem chamam Domingos torceu tanto e com tão pouca utilidade que, segundo ouvi uns rumores – prémios de quem está por perto – está nesta altura todo torcido. Rumores esses acompanhados daquelas birras do arco da velha que não serão muito fáceis de aturar.
O que vale é que tem um Salvador até já calejado em aturar birras.
Mas isso é lá com eles! Torça-se à vontade. Depois ... vá ao endireita...

O nosso chamado de “ministro”, personagem apagada, chupada, magricelas, cara imberbe e espinhada da sua imbecilidade, acaçapado numa cadeira de homem não à sua medida agarotada, ousou guinchar para dizer que, apesar de ninguém dar por ele, ali estava ele a fazer-se passar por gente.
Emudeceu o seu treinador da contenda e do autocarro!
Ou mandou-o calar, sabe-se lá!
E vai daí, pede respeito para com o Sporting, clube mais conhecido por o submisso ou “porto” B.
Não se surpreendam, caros benfiquistas. Um clube Grande, aliás, Enorme, como o nosso Glorioso Benfica, não pede respeito!
Exige respeito e dá-se ao respeito!

Mas um acaçapado e tão chupado rapazola, não meão mas pequeno, só podia estar estar a pedir respeito porque só pede respeito o pequeno “pró” pequeno.
Soltado o guincho, foi-se embora, ninguém mais deu por ele, muito menos pela sua falta!
Nem pelo guincho!

Acabou por se perceber a prosa de Carvalhal antes do Marítimo-Sporting. “ Não emito opinião”, disse – acerca de Ismailov – “porque posso dizer alguma asneira”...

Em tempos idos, apareceu um rapazote que, diziam, também dava uns piparotes na bola com um certo jeito. Meão de porte, de resto, próprio da idade imberbe, esperou-se que crescesse, em arcaboiço e dotes de bola.
Estacionou! Nem cresceu de peito, nem de mais jeito!
Nem de siso, nem de maneiras!
Gerado nos “forever”, herdeiro choramingas do “forever” que já era “ever” e se foi!
Cresceu no disparate! Na asneira agarotada dos ditos, traiçoeiro nas patadas!
E lá vai indo! Nem mais se fará homem!
À medida da pequenez do clube que o alberga.

E pronto! Cantando e rindo ... se vai sorrindo!
De alegria estampada pelo nosso Glorioso!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ELES COMEM TUDO E NAO DEIXAM NADA

Escrevo após a derrota (pesada) em Liverpool. Sinceramente que estava à espera da eliminaçao do BENFICA, e aquí para nós que ninguém nos ouve, temia por uma hecatombe.
Além do mais é para vêr se de uma vêz por todas, os Adeptos Benfiquistas, deixam de armar em arco, se deixam de deitar foguetes antes da festa.
Nao foi pelo profissionalismo capacidade de sofrimento e classe dos nossos jogadores, que fomos goleados.
E quanto a mim o nosso Treinador nao foi anjinho e nem tao-pouco ingénuo.
Quanto a mim a questao dos 4-1 de Liverpool tem a ver com “outros carnavais”.
O BENFICA teve uma Equipa simplesmente fabulosa nos anos 60, vergou a Europa do futebol, arrastou assistências, massacrou e dominou a seu bel-prazer quem tinha a infeliz sorte de se atravessar no seu caminho.
Encantou.
E os árbitros tremiam só de pensar em prejudicar propositadamente os grandes Clubes de entao, e nao só o BENFICA.
Mas isto era no tempo em que havia jogos com os espectadores em cima das 4 linhas, e 4 polícias(um em cada canto), para controlar a multidao.
Consequentemente, os árbitros tinham a honra de dirigir monstros dos estádios, lendas vivas do nosso ideário, e em virtude disso, o maior prémio a que aspiravam era umas poucas linhas a referir-se à sua actuaçao, parcas palavras a elogiá-los.
E era com um orgulho enorme que liam que nao se tinha dado pela actuaçao da equipa de Arbitragem.
Mas os tempos mudam e mudaram mesmo.
O Futebol tornou-se uma indústria ultra milionária, e claro os vampiros começaram a voar ao seu redor.
E as aves agoirentas, sedentas do sangue dos inocentes fizeram a sua apariçao e instalaram-se, e banqueteiam-se à fartazana.
O GLORIOSO, atingiu o senté e deixou-se adormecer sobre os louros conquistados.
E teve um apagao, que nos obrigou a uma dolorosa e longuíssima travessia no deserto.
Deixámos escapar por entre os dedos a hegemonia que detínhamos.
Mas os “mordomos do universo todo”, nao adormeceram nem se distraiam: e introduziram o factor que tudo corrompe: o Pinheiro.
A partir do caudaloso rio de Pinheiro que inunda a uefinha, acabou o futebol honesto, acabou a verdade que nos fazia adorar este desporto.
E abriram-se as portas à corrupçao.
Tudo no futebol passou a ter um preço.
Dantes o jogador que mudasse de camisola, era proscrito nao só no Clube como na própria povoaçao.
Hoje mal calçam as botas para o 1º treino, já dizem que querem dar “o salto”.
Celebram-se golos nao com os colegas que ajudam a marcá-los, mas sim fazendo figuras mais que parvas, despem camisolas, fazem momices ridiculas, e o mais que se vai vendo um pouco por toda a parte.
Os árbitros recebem chorudas importâncias, para melhor se deixarem dominar.
E deixam.
Sao os clubes que lhes entregam envelopes vazios com 2500€ dentro, proporcionam fruta para dormir, café com leite para a sossega, viagens de férias, montagem de negócios e fiquemos por aquí.
Vem este arrazoado todo propósito do jogo com o Liverpool.
Nao critico minimamente Jorge Jesus, muito embora nao lhe perdôe a playstation, nem os 4 dedos para Manuel Machado.
JJ é o Treinador.
Foi-lhe confiada a Equipa, por isso a responsabilidade no melhor e no pior é dele e só dele.
Sou assim total e radicalmente contra os técnicos de bancada que nao passam de paspalhos, que aparecem sempre quando há um resultado menos bom.
E muitos deles nem sequer deram um chuto numa bola.
JJ e o BENFICA pouco podiam fazer, pois notem bem as duas arbitragens(digo eu) nos dois jogos.
Actualmente o Liverpool tem "mais peso" que o BENFICA, e se nao precisa de oferecer serviço de quartos, como o FrutaComPutas, basta ser-lhe o Liverpool, que estes anos todos tem garantido mais dinheiro para os vampiros uefeiros.
(Penaltis nao marcados em Lisboa, golos mal validados em Liverpool, um deles até foi à A.Soares Dias, ao palhaço Torres, um grande jogador, foram-lhe permitidos constantes mergulhos para a piscina).
E a Inglaterra também.
Enfim.
Inteligente, valeu-se por isso Salazar do BENFICA, para poder afirmar-se no plano internacional.
Esta elimanatória, foi decidida no segredo dos corredores do G-14, foi “encomendada” pelos apelos de tesouraria.
Lembram-se do Chelsea-Barcelona do ano passado?
O Barça arrasta milhoes em adeptos e em euros, mais que o Chelsea.
E assim o Hamburgo, vai à final da Liga Europa, apenas e só por mera coincidência de ser o dono do estádio onde se disputará a final.
Por isso ao BENFICA, resta-lhe manter e acentuar o domínio a nível interno.
O BENFICA tem que voltar forçosamente, a disputar todos os anos a Champions, para voltar a ganhar traquejo e “peso”.
Depois sim, poderá a ÁGUIA voltar a amedrontar com garras estendidas, com o bico pronto a dilacerar.
Por isso digo e reafirmo que o Futebol está inquinado.
Inventaram as migalhas da Europa League, caídas da Champions.
E o Liverpool neste momento “vale” mais que o BENFICA.
Mas para nós nao, por isso hoje mais do que nunca vamos apoiar JJ e os Jogadores, inexcedíveis em alma e Corazao.
E um muito obrigado, pois a pesar dos 4-1, assentou-lhes muito bem o Manto Sagrado.
Mereceram envergá-lo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O novo “Messias”, os apóstolos “São Tomenses” e os “reformistas” mai-los “bobos da corte”

Dizer que Jesus veio salvar o futebol do Benfica que é a sua essência de vida é já cair num lugar comum tão badalada e comezinha tem sido a expressão.
Para uns, a frase transcende-se numa crença apostólica de fé e esperança desde o primeiro momento. São aqueles que, benditos na Terra, têm na Alma a Chama Imensa. Estes sempre gritaram cânticos de fé, esperança e louvor a Jesus e aos seus eleitos e mais próximos e obreiros do milagre pela grandiosidade da sua interpretação evangelizadora, seguindo em séquito triunfal a comitiva “messiânica”.
Para outros, só depois de uma conversão através de uma “evangelização” bem demonstrativa das artes salvíficas ao longo dos tempos e nas, por vezes, mais tormentosas ventanias. Uma conversão vencedora das resistências infindas, menos por desconfiança nas doutrinas que, desde a teoria à prática, foram sendo, sucessiva e em crescendo, patenteadas no seu grau mais elevado da perfeição atingível pelas forças terrenas, conquanto iluminadas pela palavra e pela acção de Jesus.

À boa maneira de São Tomé na sua desconfiada tendência para encarar a ressurreição, não se dirá, milagreira mas bem sustentada na prática doutrinal que se plasmou numa Chama Imensa de célebres concertos plenos de exuberância dos princípios da doutrina de Jesus, a sua desconfiança foi resistindo ao limite. Estamos, por sinal, a lembrar-nos de uma célebre frase que vimos redigida no jornal desportivo que, ó desconfiança maligna, até é o que mais tem feito ressoar os cânticos da evangelização de Jesus.
Jesus, mais a sua equipa redentora, acabara já de eliminar os hereges de doutrinação submissa e estranja que normalmente usam riscas atravessadas e se locomovem rastejantes, na casa destes e por uns expressivos 4-1. Acabara de eliminar, em seus próprios domínios, um adversário temível nas lutas das “guerras” futebolísticas europeias. Acabara de vencer a Taça da Liga com despacho goleador do grupo do reino “papal” dos infernos da batotice e do ódio canhestro.
Pois, ainda assim, o subscritor da frase, “Santomense” de fibra resistente ou obtusa, talvez mais obtusa do que resistente, se obstinava em fervor anedótico, dizendo que a doutrina do Benfica – leia-se, de Jesus e dos seus eleitos, aquela plêiade de evangelizadores que bem conhecemos – ainda tinha de provar a sua força salvadora e messiânica, nomeadamente no futuro confronto com os vermelhos mas infiéis “liverpoolianos”.

Para nós, os crentes do Reino da Águia Salvadora que Jesus veio encarnar nos nossos tempos, há mais alegria na Terra por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que, sem poderem dar o salto da redenção para o Reino da Luz, ou por resistências endógenas e genéticas, ou porque nem todos os que dizem, Senhor, Senhor, alcançarão o Reino dos Céus, que a Águia Rainha Altaneira nem a todos dá o perdão de os acolher.
De todo o modo, é a nossa génese de cristandade Benfiquista que nos impele à compaixão pelos infiéis de vários reinos, conquanto uns rastejantes em outros mas todos dominados pelas garras do mal e destinados às fogueiras que crepitam em busca dos seus anátemas naquele ínfero lugar das trevas.

Assim iluminados pela Luz da Verdade e do Alto, naquele Majestoso voo da sua deusa, a Rainha dos Céus e do Benfica, que desce das Alturas do Paraíso à Terra perante o olhar embebecido dos seus milhões de crentes, olhamos compassivos e com alguma dose de comiseração para apóstatas do mal como o Dr. Barroso que, na sua pregação do odioso e na sua oração pestífera deste dia, tece loas que pretende refulgentes a Jesus e ao seu discípulo Di Maria, qual Satanás que em cima do Templo oferece do pão ao Messias Salvador, num maligno atentatório da graça dos crentes que, jejuns e abstinências à parte, nem só de pão e de água vivem, mas em abundância das graças de Jesus e dos seus eleitos, na plenitude de suas bênçãos e exaltações redentoras com que amiúde presenteiam os seus crentes da fé do Reino da Luz.

Diga-se, todavia, que este belzebu disfarçado de cordeiro não deixa os crentes indiferentes. Se estes renegam o seu apologizar sacrílego, mais intrasigem na sua doutrinação pestífera quando o prosapiador exprime junto às suas cantatas labiosas um “o meu odiado Benfica”!
Anota-se apenas a sua malograda tentativa de resipiscência e renega-se num “vai-te satanás” porque está escrito que só ao Reino da Luz adorarás e a ele te submeterás.


No Reino da Luz agora mais iluminado por Jesus e seus eleitos, olha-se ainda com indulgência para os bobos da corte, que estes, se aos reinos da escuridão entregam as embustices dos seus espíritos, comprazem em tempos de catarse, suavizando os intervalos das manifestações magnificentes da doutrinação da equipa de Jesus.

José António Saraiva faz em pleno esse tempo adocicante com as suas bobices. Ele continua a demonstrar-se que é um treinador de religiões futebolísticas mal amado, incompreendido e incógnito nas suas artes depois de tantos esforços corriqueiros na demonstração das suas fracas capacidades.
Mas ele afirma que sabe! Afirma que “Jesus tem um problema a resolver no miolo”, desconchava-o nas suas peças por peças! Só é pena que deixe a solução milagreira nos escondedouros que lhe inspiram os oráculos, as adivinhações e os bruxedos!
Sim, porque o nosso “bobo da corte” do Reino da Luz Benfiquista não se afirma canhestro na propagandeação dos seus dotes afins!

Ao “miolo” chamavam antigamente as minhas avozinhas que Deus tem e as suas amigas compinchas, todas sentadas de frente nos patamares das escadas das suas casinhotas, uma graça mais carinhosa. Chamavam-lhe de “moleirinha” e certamente, perante os afãs de José António Saraiva, elas prefeririam sem dúvida ensinar-lhe que ao “problema do miolo” se devia colacionar o problema da sua “moleirinha”!

«Lá se viu, respingavam para si depois de umas benzeduras e sinais da cruz de “vai-te satanás que me tentas”, com beijo na mão ao findar, que a Jesus falte alguma coisa?!!!
“Problema de miolo”!...
O rapaz não está de certeza é bom da sua “moleirinha!...»

terça-feira, 6 de abril de 2010

A JUSTIÇA DA INJUSTIÇA

1. Os Estados democráticos e de tradição civilizacional ocidental adoptam com pompa e circunstância compêndios sobre a Justiça cujos princípios conferem a esta o estatuto de primeiro garante da consolidação dos valores fundamentais do Homem, com especial enfoque na dignidade da pessoa humana.
Na consecução destes valores, a concretização da aplicação da sanção aos prevaricadores deve espelhar e traduzir a medida da violação dos mesmos. A pena, “lato sensu”, tem um conteúdo de reprovação ética e como finalidades a prevenção geral – direccionada a toda a comunidade – a prevenção especial – com enfoque no próprio prevaricador, fazendo-o sentir a reprovação da comunidade e procurando evitar a sua reincidência e reassociá-lo – e a função reparadora dos danos causados à comunidade e aos lesados em concreto.

Ainda a propósito dos “castigos” a Hulk e Sapunaru aplicados pela justiça desportiva portuguesa, pela primeira vez deparamos com um artigo de opinião bem estruturado e concludente que, não apenas partindo do direito desportivo estrangeiro – cuja pesquisa comparativa é, pelo menos, alvo de grande modelo exemplificativo de decisões, conquanto só de propósitos enunciados – compara a pena final decidida a “uma notável reabilitação” dos prevaricadores agressores.
Este comentário, inserido no jornal record e pela pena de João Querido Manha, é um hino do sentimento do Homem comum perante a Justiça e traduz brilhantemente o mais elementar bom senso que, sendo a principal dose de que o julgador se deve servir perante a missão de fazer Justiça, tão arredio anda daquela função, em especial, mas não só, na justiça desportiva portuguesa.

João Querido Manha critica com fina ironia a justiça desportiva portuguesa, aconselhando “Guerrero” – jogador do Hamburgo que, muito recentemente, por ter atirado com uma garrafa de água à cara de um adepto foi desde logo castigado pelo seu clube e obrigado a pedir desculpa a toda a comunidade desportiva, através da televisão – a solicitar um qualquer parecer jurídico de um qualquer catedrático português para que este faça vingar a tese da “provocação acintosa e inaceitável pelo público agredido”.
Todavia, e João Querido Manha bem o acentua, a germano-jurisprudência desportiva não vai na esteira da luso-jurisprudência desportiva portuguesa para quem “levar provocação para casa não é filho de gente fina”.

E andou o CJ, como diz João Querido Manha, a “cirandar pela Europa”, acabando por exarar e consagrar aquilo que muitos comentadores desportivos portugueses fizeram com as suas cantatas despudoradas, exaltando os agressores como autênticos heróis, enquanto as vítimas acabaram por ser as vilãs da festa.
Gurreiro teve realmente azar de ter prevaricado na Alemanha, tal como já Cantona tivera em Inglaterra. Em Portugal teriam alguns estádios cheios de gente a cantar as suas façanhas, treinadores tipo professor Jesualdo prontos a reconhecerem-lhe os méritos das proezas, opinadores justiceiros com epopeias de feitos valorosos e ainda vigílias de desagravo à porta da justiça desportiva portuguesa a gritarem contra a “injustiça” de uma condenação e sanção dos agressores por tal feito.


2. Sob um título – ou subtítulo – totalmente desalinhado com o conteúdo fundamental da prosa versada em habitual e costumada verborreia, Miguel Sousa Tavares ocupa-se ainda deste assunto, naturalmente também para exaltar os “heróis” do túnel e azoinar o vilão, neste caso não as vítimas das “heróicas” brutalidades mas o que ousou sancionar aqueles.
É claro e natural que muita da sua prosa não tem qualquer interesse para qualquer leitor desapaixonado do reino futebolístico do ódio. A ela se pode aplicar, com toda a propriedade, o adjectivo por ele usado a (des)próprito de outro aspecto.
É uma prosa totalmente pífia.

Sem sequer nos impressionarmos com as suas usadas aldrabices factuais – diz, nomeadamente, que o CJ aniquilou toda a sentença da CD quando aquele aceitou tudo o que esta consagrou, naturalmente com excepção do que lhe inviabilizava a sua previamente querida desagravação da sanção – respingámos duas ideias que nos parecem pôr em destaque a sua incoerência de raciocínio, a menos que tenhamos de considerar tratar-se de uma pura e dura desonestidade intelectual.

Escreve Miguel Sousa Tavares – para quem ainda não saiba, este nosso comentador embirra com o facto de lhe retirarem Miguel do nome e acho que, com razão – que o caso Hulk não tem comparação com o caso Cantona.
A justificação, pasme-se, deve-se ao facto de este ter prevaricado perante um estádio cheio de gente e Hulk tê-lo feito nos esconsos corredores da Luz, à vista apenas de meia dúzia de pessoas.
Portanto, para Miguel Sousa Tavares não é o comportamento, com as suas circunstâncias e os seus resultados, o que conta.
Isto é, não é o comportamento prevaricador e os resultados o que conta, é a assistência que os presenciou.
Mas se nós escutarmos o senso comum, talvez seja natural que ele nos indica que quem escolhe lugares esguelhados é normalmente um covarde que quer praticar as suas “heróicas” acções pela calada.

Acrescenta ele algum arrazoado que as imagens de vídeo vigilância lhe inspiraram. Esquece que os jogadores foram expulsos pelo árbitro e que tais imagens não tiveram qualquer efeito, por impossibilidade legal – até ver – na sanção que lhe foi aplicada.

Miguel Sousa Tavares aproveita também para apelar à defesa de um tribunal desportivo com juízes impolutos e acima de toda a suspeita clubística.
É uma ideia bem interessante e que, penso, até todos os Benfiquistas a acolheriam de peito aberto. Só que ele devia começar por tentar convencer o presidente do seu clube a aceitá-lo e isso já parece tarefa bem difícil, se não mesmo impossível.

Mas a justificação é, de novo, engraçada. Escreve ele que tal tribunal devia julgar com base na equidade e na jurisprudência.
Eu creio que ele aplicou a palavra “equidade” com o sentido de “justiça” e a Justiça, que também é equidade nomeadamente como justiça retribuitiva, coloca em lugar de destaque os danos da vítima.
E Miguel de Sousa Tavares esqueceu-se completamente das vítimas e, em especial, daquela que teve de ser suturada com oito pontos na face.
Esqueceu-se, não é bem o caso. Sempre que dela se lembrou foi para a verberar como a má da fita porque teve a ousadia de “provocar”, muito embora seja relatado nos factos apurados e dados como provados que o chefe da segurança com maiores danos físicos até se encontrava e encontrou sempre numa posição de afastamento em relação aos incidentes que se iam desenrolando.

Apelar à jurisprudência – ao precedente do caso julgado anterior – é uma ideia boa. Só não se compreende que Miguel Sousa Tavares a defenda quando idolatra um acórdão do CJ que decidiu contra toda a jurisprudência anterior do mesmo órgão.

A maior justificação, porém, veio a final. Um tribunal desportivo assim constituído e a julgar de acordo com tais princípios viria substituir, diz, “regulamentos idiotas feitos por juristas incompetentes e aprovados em AG onde metade não sabe o que está a votar”.
Miguel Sousa Tavares apoda de “incompetentes” os juristas do seu clube e “idiotas” os regulamentos que o seu clube fez aprovar.
E concordo com ele. De facto, a suspensão preventiva de Hulk e Sapunaru deveu-se a estes juristas e todos sabem que os regulamentos em vigor se devem a juristas do seu clube, à cabeça dos quais está Guilherme Aguiar.
E concordo igualmente que metade – ou mesmo mais – não sabe o que está a votar. Mas isso é o que o presidente do seu clube quer, que eles, a troco de uns paliativos emprestados, se esqueçam da política do eucalipto que pratica e com a qual domina.

E foi por isso que o Benfica foi o único clube que não votou a emenda.
Miguel Sousa Tavares de vez em quando engana-se, inconscientemente, é certo, mas engana-se e nessa altura afirma verdades.
Ou seja, ele de vez em quando com a verdade se engana!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PINCELADAS ENCARNADAS

1. Quero hoje começar por compartilhar convosco alguns momentos de boa disposição que certos comparsas da nossa praça futeboleira nos proporcionam. E começo pelo bem conhecido “artista” das letras que se assina José António Saraiva.

José António Saraiva já é nosso bem conhecido de há muito e de há muito já que íamos lendo as suas opiniões bacocas, diga-se, no jornal “expresso” que fez muito bem em ensinar-lhe a porta da rua como serventia da casa, a ele e a mais umas e uns espécimes que não são tão raros quanto isso. Todos eles, com a Cabrita igualmente na linha da frente, ficam muito melhor no dito jornal que agora usam e onde podem à vontade praticar o seu jornalismo de sarjeta dito de investigação e no qual fazem tudo.
São “investigadores” destinados à acusação e não à verdade, elaboram processos de intenção a torto e a direito, acusam, julgam e condenam aqueles que, previamente aos seus desígnios, já por eles estavam julgados e condenados.

José António Saraiva é engraçadote nas suas escrevinhadelas. Pacóvio e pateta, mas engraçadote. Anda ele desde o início da temporada futebolística a deixar bocejos de prosa um pouco confusos mas onde se conseguem descortinar por vezes alguns laivos de loas a Jorge Jesus e à equipa do Benfica.
Desde o começo, todavia, que a sua pena melíflua foi deixando entre aspas o oráculo próprio dos profetas das desgraças de que seria impossível a equipa do Benfica continuar a época inteira com a pujança física e futebolística que apresentava nos seus inícios, que era demais, que ninguém conseguia tanto, conselho para aqui, conselho para ali, que o homem julga-se entendido em tudo.

Quando o Benfica empatou em Setúbal, o nosso profeta das desgraças, que nem topa a desgraça da sua própria léria profética, veio sentenciar: “o Benfica pode ter perdido ali o campeonato”!
“Eu bem disse, eu bem avisei, eu bem previ e prefaciei, era impossível manter a pujança demonstrada a época inteira, Jesus puxou de mais no princípio e agora deu o berro”.
Mais coisa menos coisa foi esta a prosápia do nosso escrevinhador.
Mas a partir de Setúbal o Benfica embalou ainda mais pujante para as verdadeiras provas de fogo. Goleou na eliminatória da Liga Europa, goleou cá dentro, “gelou” os franceses no “Velodróme”, goleou o FC Porto e conquistou a Taça da Liga, venceu a segunda melhor equipa do campeonato no jogo da verdade.

Perante o cenário, o nosso profeta das desgraças deve ter-se encafuado nas suas desgraças de profeta, oráculo feito num nove, profecias que não convenceram Jesus mas apenas o pateta que as previu.
Calou-se como fazem todos os adivinhos de meia tigela quando a careca se lhes destapa.


2. Não me pronunciei muito detalhadamente sobre o acórdão do CJ porque este órgão deixa tudo no escuro, não divulga o seu arrazoado. No entanto, há algumas notas que se podem respingar do que foi possível saber.

Comece-se por acentuar que o CJ aceitou e deu como provada na íntegra a mesma matéria factual dada como provada pela CD. Ficou, pois, provado que os dois pugilistas travestidos de jogadores agrediram os seguranças nas condições descritas e com as consequências físicas relatadas.
No entanto, o CJ, contrariando várias decisões suas anteriores, conquanto proferidas por outros conselheiros, enquadrou os seguranças no conceito de público espectador e não “interveniente no jogo e com direito a permanecer no recinto desportivo”.
Esta interpretação fere, como já disse, os mais elementares princípios da hermenêutica jurídica, contraria a letra e o espírito da lei. Talvez por isso e apenas sobre aquilo que se respingou de algumas fontes, as justificações se apresentem tão descabeladas de senso e de convencimento. Dá a nítida impressão de que houve, “ab initio”, a ideia de tentar encaixar à força na letra e no espírito da lei o inovador conceito. O importante era conseguir apoio para a moldura disciplinar que se pretendia.

Desde o início que o enfoque da questão se tem centrado não nos comportamentos criminosos e suas consequências nas vítimas mas na moldura punitiva dos agentes. Por todos os meios se tentaram desculpabilizar estes sem se ter em conta que eles atentaram gravemente contra a integridade física de outrem, provocando-lhe danos físicos e naturalmente danos morais elevados.
Nunca ninguém se preocupou com a Justiça, apenas se ouvindo dizer aos torcionários do clube a que pertencem estes ditos jogadores que a penalização da CD foi excessiva. Ora, em termos de justiça comparativa, por exemplo, as punições do CJ a Hulk e Sapunaru comparadas com a de Vandinho atentam contra a própria Justiça nos seus alicerces fundamentais.
Vandinho, apenas por uma ameaça de pontapé que mal atingiu Raul José e não lhe provocou danos físicos, foi punido pelo CJ com três meses, que este órgão confirmou por inteiro a punição do CD. Cumpriu-se a lei.
Hulk e Sapunaru por várias agressões e tentativas de agressões, a soco e a pontapé, causando graves danos na integridade física de, pelo menos, uma das vítimas, foram apenas punidos pelo CJ com 3 e 4 jogos, respectivamente.

Aguardemos agora pela justiça penal para ver se ela faz mais Justiça. Não lhe vai ser difícil. A matéria factual que tipifica os crimes que foram cometidos pelos dois gangters está toda provada ou sê-lo-á facilmente recorrendo aos testemunhos que serviram de base à punição disciplinar e que foi acolhida pelos dois órgãos da justiça disciplinar desportiva.
E é bom não esquecer que as imagens do sistema de vídeo vigilância servem de prova na justiça penal.


3. Bem podem os dirigentes do FC Porto publicitar os pedidos de indemnização que entenderem. Aquilo é só para consumo interno, para mascarar a má gestão futebolística.

De facto, o direito à indemnização exige, em primeiro lugar, a prática de um facto ilícito. A CD praticou um facto lícito. Na sua acção punitiva, ela não estava a exercer um direito mas a cumprir um dever que lhe incumbe por via da missão que lhe foi legitimamente confiada.

Em segundo lugar, exige que a prática de facto ilícito seja cometida com dolo ou mera culpa. Alguém ousa dizer que a CD agiu com dolo?
Nem agiu com dolo nem com negligência, além do mais porque a sua interpretação jurídica sobre o enquadramento dos seguranças recolhe a maioria do aplauso jurídico, incluindo do órgão de justiça desportiva cujos conselheiros actuais decidiram inovar!

Finalmente, há ainda um aspecto que, apesar de fundamental para a condenação de indemnizar, ninguém ainda parece ter abordado. Quem pede indemnização alega danos provocados com dolo ou mera culpa pela prática de facto ilícito. Mas tem o ónus de provar o nexo de causalidade adequada entre a prática do facto ilícito e o dano provocado.

O FC Porto alega, segundo parece – manifestações de mau perder que são naturais em quem nem sequer nunca soube ganhar – que a suspensão de Hulk foi a causadora da perda do campeonato ou da previsível ausência da CL na próxima época desportiva.
Com é que se consegue provar o nexo de causalidade?
Alguém conseguirá provar, ao menos com alguma dose de verosimilhança e de normalidade, que a intervenção de Hulk nos jogos todos teria alterado os resultados desportivos da equipa?
Vejamos.
O FC Porto com Hulk perdeu, por exemplo, com o Sp. Braga, com o Marítimo, com o Benfica e até foi goleado pelo Arsenal. Empatou pelo menos com o Paços de Ferreira e com o Belenenses em sua própria casa.
O FC Porto sem Hulk goleou o Braga, o Sporting e o Nacional da Madeira, em casa deste.

Se a moda das indemnizações pegasse, então tínhamos um escarcéu de pedidos uma vez que o dia a dia da justiça civil é feita de decisões de tribunais superiores que revogam as decisões de tribunais hierarquicamente inferiores, em muitíssimas ocasiões absolvendo os condenados ou condenando os que na primeira instância haviam sido os vencedores.

Por tudo isto, estamos em crer que o FC Porto irá receber de uma pretensa indemnização tanto quanto recebeu o seu presidente por ter sido detido para interrogatório no processo apito dourado.